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sexta-feira, 19 abril 2024

Evangélicos pedem liberdade de culto a Emmanuel Macron

Foto: Reprodução

Ele foi reeleito presidente da França, e os cristãos esperam que governe com sabedoria, espírito de unidade e atuação em prol da paz 

Por Patricia Scott 

“Diante de uma sociedade dividida, o que pedimos ao governo do presidente Emmanuel Macron é que demonstre sabedoria, espírito de unidade, atuando em prol da paz e preservando a liberdade de culto, consciência e expressão de todos”. O apelo é do Conselho Nacional de Evangélicos Cristãos na França (CNEF), que representa 70% das igrejas protestantes no país e mais de 30 denominações evangélicas.

A instituição, que inclui batistas, pentecostais e outras denominações evangélicas, destacou “que a Bíblia propõe um conjunto de valores conducentes à construção de uma sociedade autenticamente humana, em particular: o valor inalterável e absoluto de toda a vida humana, desde sua concepção até o fim, implicando uma exigência de solidariedade para com os mais frágeis”. Os evangélicos, segundo o CNEF, estão empenhados em orar pelo  país no novo mandato conscientes de que agora é preciso “viver e construir juntos uma sociedade de paz e confiança e, mais do que nunca, testemunhar a Boa Nova que nos encoraja”.

Emanuel Macron foi reeleito presidente da França para um segundo mandato. No segundo turno das eleições, ele recebeu 58,55% dos votos, enquanto a candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, foi derrotada com 41,46% dos votos. A abstenção foi de 28%, uma das mais elevadas nas últimas décadas.

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No discurso, já como presidente reeleito, em 24 de abril, Macron ressaltou que “não é o candidato de um campo, mas o presidente de todos” e prometeu reformular o método de governar a França, afirmando que os próximos anos não serão “uma continuidade” do atual mandato. Ele declarou também que “ninguém será deixado na beira do caminho.”

‘Pacto republicano de tolerância”
Antes da eleição, Thierry Le Gall, membro da CNEF que trabalha entre políticos, afirmou que “a liberdade de expressão religiosa precisa ser observada como ‘leite no fogo’”, já que leis recentes contra o islamismo radical afastaram a França “de um pacto republicano de tolerância a uma política de vigilância das religiões pelas autoridades do Estado”.

Dentro do mesmo entendimento, o presidente da Federação Protestante da França, que inclui as principais igrejas protestantes históricas, alertou sobre a “tentação de um tipo de espaço público neutralizado no nível confessional”. François Clavairoly destacou que “a República é laica, a sociedade francesa não”, ao exigir “garantias de uma fraternidade essencial hoje aos cidadãos crentes e não crentes”.

De acordo com pesquisas, os protestantes apoiaram Emmanuel Macron mais do que eleitores de outros segmentos. O historiador Sebastien Fath acredita que os membros das igrejas evangélicas francesas surgiram como portadores de “esperança” diante de um cenário de insatisfação e incerteza.

A vitória de Emmanuel Macron nas urnas não significa que o chefe do executivo vai liderar a França sem opositores. Em algumas semanas, as eleições parlamentares serão realizadas no país. A extrema-direita e a extrema-esquerda (França Insoumise de Jean Luc Mélenchon) descrevem como um “terceiro turno”. Após as eleições de 12 de junho, o novo parlamento francês definirá a maioria das políticas aplicadas no país nos próximos cinco anos.

Com informações Evangelical Focus e G1

 

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