Um grupo vinculado à Igreja Batista se reúne duas madrugadas por mês para orar por prostitutas e ajudar a conduzi-las para uma nova vida.
Um pequeno grupo de evangelistas em Richmond, na Virgínia (EUA) tem se dedicado pelo menos duas vezes por mês a levar a Palavra de Deus às prostitutas da cidade. Além de orar com as mulheres, eles anunciam a boa nova de salvação.
O grupo é chamado de União Missionária da Mulher (WMU), vinculado a Igreja Batista. Eles percorrem 90 minutos pelas ruas e vão orando por homens, mulheres e vizinhança em geral.
O ministério de rua existe há mais de uma década. Foi fundado por Valerie Carter Smith, diretora executiva da WMU. Pat Eggleston, que é uma das voluntárias, juntou-se ao ministério alguns anos depois, ajudando a coordenar e liderar o esforço voluntário.
Pat, uma avó de fala mansa e cabelos brancos, não combina com a imagem de alguém que estaria andando pelas ruas da zona de prostituição de Richmond à meia-noite ou à 01h da manhã. Mas ela vê isso como uma vantagem.
“É óbvio que eu tenho alguns anos atrás de mim. Gostaria apenas de dizer que a idade às vezes é uma oportunidade maravilhosa. Eu sou obviamente a avó de alguém e sou capaz de abordar as pessoas dessa maneira. Muitas vezes há pessoas que pensam que eu sou velha demais para fazer certas coisas, mas nós temos que usar as vantagens que temos. Deus deu à velhice uma vantagem real, e acredito que temos que usar isso”, diss ela, em depoimento à agência Reuters,
Esperança e perseverança
À medida que os voluntário fazem conversas com moças e rapazes que passam nas ruas, “acabamos de encontrá-los onde estão”, observou Pat, enfatizando que eles procuram transmitir um senso de dignidade pessoal e autoestima para aqueles que lutam em meio a circunstâncias e escolhas difíceis.
Enquanto os voluntários observam os sinais de pessoas sendo traficadas, “a maioria dos jovens que conhecemos aqui são viciados em substâncias”, disse Pat. “A maioria deles está aqui por causa de seu vício em drogas e estão se prostituindo para ganhar dinheiro”.
“Nosso objetivo é ser sal e luz para um mundo escuro. É um estilo de vida muito perigoso. Nós vamos lá casualmente conhecer pessoas, falamos com eles, oferecemos oração. Nosso objetivo é oferecer-lhes esperança, oferecer recursos”, contextualizou a avó evangelista.
Através da mensagem da cruz, o grupo leva esperança. “Nosso objetivo é compartilhar Jesus com as pessoas que são apanhadas. Essas garotas tomam uma decisão ruim ou algo aconteceu a elas que as levaram mais longe do que elas queriam ir e voltar é uma ‘outra história’ completa”, explicou Valerie Carter Smith.
Muitos tiveram suas vidas transformadas. “Eu vi garotas se recuperando de drogas e prostituição porque as mulheres da WMU oraram por elas”, celebrou.
Compartilhando as boas novas
Embora resultados tangíveis como as profissões de fé, resgatar garotas menores de idade nas ruas ou ajudar dependentes químicos tenham sido limitados ao longo dos anos, Valerie segue otimista: “Deus falou e disse: ‘Seu chamado é estar nas trincheiras. Seja luz na escuridão, para ser obediente a isso’. Este é meu chamado. Estou aqui para compartilhar as boas novas do Evangelho de Jesus Cristo”.
Pat Eggleston concordou que a motivação não é baseada em resultados visíveis: “É um ministério em que você tem que estar satisfeito por não saber se fez a diferença. Você tem que ser capaz de saber que eu posso nunca mais ver essa pessoa, mas eu tenho dois ou três minutos, talvez, para amá-los, para colocar algo encorajador em seu coração”.
“Acredito que estamos plantando uma semente. Nós nos vemos frequentemente como os primeiros a responder. Nós os amamos, oramos com eles, oramos por eles e oramos para que Deus coloque outra pessoa em seu caminho. Somos apenas parte de uma série de contatos porque é um encontro muito breve. Isso não é confortável para todos”, disse Pat. “Somos uma espécie de pessoas orientadas para resultados, então você tem que estar satisfeito com isso. Você faz a sua parte e então Deus cuida do resto”, concluiu.
*Com informações de Baptist Press
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