A imprensa noticiou hoje, dia 1 de junho, informações sobre estudo divulgado em 31 de maio na França – por cientistas que compõe o IARC (International Agency for Research on Câncer) – que classifica a radiação eletromagnética associada ao uso do celular, como ‘possivelmente carcinogênica’.
O Instituto Oncoguia, organização sem fins lucrativos dedicada à defesa dos pacientes com câncer por meio de informações para um autocuidado em saúde, qualidade de vida e cidadania, após análise de todos os dados publicados sobre o tema, considera que a afirmativa deve ser lida com cautela pelos usuários de celular.
Os dados disponíveis consistem basicamente de chamados estudos epidemiológicos (em que se analisa a incidência da doença em populações com uso variado de celular ou outra exposição a campo eletromagnético). Considera-se, então, a partir de tais dados que é possível que o uso de celular cause câncer, mas não se pode afirmar isto, nem recomendar que não se use mais os aparelhos.
E então, como o usuário de celular pode usar esta informação? O Instituto Oncoguia orienta que não há absolutamente nenhum dado novo que comprove que celular causa câncer cerebral, portanto este comunicado não é uma recomendação contra o uso de celular. Como tudo em medicina, excessos são potencialmente ruins. Isto vale para bebida, tabaco, obesidade. E também para celular e exposição a campo eletromagnético.
Ainda é recomendável, se você precisa utilizar o celular com freqüência, tentar usá-lo com um fone de ouvido acoplado a microfone (aqueles que ficam conectados ao aparelho por um cabo), e mantê-lo longe da cabeça (por exemplo, na cintura). A OMS (Organização Mundial da Saúde), neste momento, apenas pode afirmar que é possível a associação entre uso do celular e câncer, mas não afirma que esta associação seja uma verdade comprovada.
