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segunda-feira, 7 DE outubro DE 2024

Estratégias para perdoar neste fim de ano

Só quem recebeu a bênção de Deus, nasceu de novo e recebeu uma nova identidade poderá desfrutar do processo de reconciliação. Foto: Freepik

Clima é propício para se reconciliar com as pessoas. Mas às vezes será necessário traçar uma estratégia para fazê-lo.

Por Cristiano Stefenoni

Não é coincidência. As pessoas ficam, sim, mais melancólicas no fim de ano. Segundo uma pesquisa realizada pela National Alliance on Mental Illness (NAMI), 64% dos entrevistados que sofrem algum tipo de transtorno mental têm seus sintomas agravados em períodos como Natal e Ano Novo. Nesse clima, o momento é propício para uma coisa fundamental ao cristão: perdoar. Mas a tarefa não é fácil.

“Penso que há uma ótima janela de oportunidades para ‘arrumar a casa’ neste período de fim de ano. É um tempo onde as pessoas geralmente estão mais sensíveis e receptivas. Também é um momento propício para realizar avaliações, ajustes e de assumir novos compromissos. É o famoso balanço que é comum nas empresas e negócios”, afirma o empresário cristão e teólogo, Fábio Hertel.

Ele explica que perdoar não é algo simples e que muitas vezes será necessário traçar uma estratégia para que o perdão possa acontecer. “Perdoar não é fácil porque esse é um atributo divino. Deus decidiu assumir essa característica e nos orienta a imitá-lo. Uma boa estratégia para provocarmos a liberação de perdão a quem nos ofendeu seria justamente utilizar o argumento de que você não quer virar o ano com pendências emocionais e que quer iniciar o ano novo liberando e pedindo perdão”, afirma Hertel.

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Outro ponto importante abordado pelo teólogo é que perdoar não significa, necessariamente, esquecer. Mas a Bíblia não dá outra alternativa que venha a substituir o perdão.

“Sabemos que perdoar não é esquecer, mas decidir firmemente a não sofrer mais com a ofensa. Decida liberar o perdão, seja enfático nesta dinâmica, crie um rito de passagem particular e criativo para ficar bem claro em sua mente e coração que aquilo ficou no passado e já não existe nenhuma gerencia no seu presente”, orienta.

Além disso, Hertel lembra que um coração que já recebeu a graça, o perdão e as bênçãos de Deus não pode ser frio e negar o perdão ou pedi-lo. “Só quem recebeu a bênção de Deus, nasceu de novo e recebeu uma nova identidade poderá desfrutar do processo de reconciliação. Como Jacó, só depois de um encontro dramático com o Senhor, ele foi capaz de se humilhar e pedir perdão para seu irmão Esaú”, enfatiza.

E caso você peça perdão a alguém e essa pessoa não queira te perdoar, seu coração estará leve para seguir em frente. “Se de fato você se humilhou, reconheceu seu erro e, mesmo assim, a pessoa não liberou perdão, você estará livre para continuar amando e servindo com alegria”, finaliza.

A estratégia do perdão

  • Analise os fatos honestamente: todos somos alvo de ofensas e todos certamente ofenderemos alguém. Seja bem-vindo à convivência comunitária.
  • Certifique sua real motivação: determine em seu coração o sentimento de liberar completamente o ofensor. Faça um exercício mental de vê-lo prosperando inclusive.
  • Planeje o encontro: escolha um momento adequado e tranquilo. Treine sua fala. Teste argumentos e entonação de voz. Isso fará grande diferença na hora da conversa.
  • Seja claro sem reforçar a ofensa: diga qual foi o seu entendimento e que sentimentos estão em seu coração pelo fato.
  • Não espere restituição, mesmo que aconteça.
  • Simule possíveis reações do ofensor: ele poderá inclusive te ignorar ou recusar assumir o dano que te fez. Lembre que você está fazendo o que julga ser correto, mas o ofensor poderá ter outro entendimento.

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