Gravação de 37 minutos que seria do novo chefe do Estado Islâmico, Abu Ibrahim al-Hashemi al-Qurachi, foi distribuída por veículos de propaganda habituais do grupo
Uma mensagem de áudio distribuída por veículos de propaganda habituais do Estado Islâmico nas redes sociais nessa segunda-feira (27) diz que o grupo radical irá lançar uma “nova fase” de sua ação, atacando especificamente Israel.
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Na gravação de 37 minutos, o novo chefe do EI, Abu Ibrahim al-Hashemi al-Qurachi, afirmaria que está “determinado a entrar em uma nova fase que nada mais é do que combater os judeus e devolver o que roubaram dos muçulmanos”.
“Os olhos dos soldados do califado, onde quer que estejam, ainda estão fixos em Jerusalém. Nos próximos dias, se Deus quiser, vocês verão (…) o que os fará esquecer os horrores” do passado, teria declarado Abu El-Qurachi, em alusão a um possível ataque.
Este apelo é feito no dia em que o presidente americano, Donald Trump, recebeu seu amigo e premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, antes de apresentar um plano de paz regional considerado histórico por Israel. O plano, que será divulgado nesta terça-feira (28), é rejeitado pelos palestinos.
As agências internacionais AFP e Reuters não conseguiram confirmar a autenticidade da mensagem. Porém, a AFP ressalta que a gravação foi transmitida nos órgãos de propaganda habituais do grupo nas redes sociais.
Derrota na Síria e no Iraque
Antes de sua derrota territorial em março de 2019, a organização jihadista chegou a controlar um vasto “califado” autoproclamado, abrangendo a Síria e o Iraque, que contava com sete milhões de habitantes.
O grupo imprimia seu próprio dinheiro, arrecadava impostos e dirigia programas escolares. Sob o efeito das operações militares combinadas das forças sírias e iraquianas apoiadas por seus respectivos aliados, esse vasto território encolheu antes de ser varrido do mapa.
No entanto, o Estado Islâmico mantém uma presença significativa na Síria e no Iraque ao redor do rio Eufrates e no deserto adjacente. O grupo terrorista também possui aliados na África e na Ásia, que ainda realizam ataques que deixam muitas vítimas. É atuante principalmente na península egípcia do Sinai, na fronteira com Israel, e que os israelenses ocuparam por 15 anos após a guerra árabe-israelense de 1967.
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