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quinta-feira, 28 março 2024

Estado Islâmico ameaça fazer mais ataques contra países aliados

O grupo terrorista Estado Islâmico divulgou um vídeo nesta segunda-feira (16) onde ameaça fazer novos ataques aos países que participam dos bombardeios aéreos na Síria, assim como os que foram realizados na sexta-feira (13) na França, que deixaram 129 mortos e 350 feridos. O grupo disse que vai realizar um ataque em Washington, a capital dos Estados Unidos.

“Nós dizemos aos Estados que participam da campanha cruzada que, por Deus, vocês terão um dia se Deus Quiser, como o da França, e por Deus, como nós os atingimos no centro de sua morada em Paris, nós juramos que vamos atacar a América em seu centro, em Washington”, diz um homem na gravação.

Ainda esta manhã, o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, já havia informado que ataques estão sendo planejados contra a França e outros países europeus, detectados a partir da investigação que está sendo feita pela polícia francesa.
O premiê anunciou mais de 150 operações policiais anti-islamitas para ajudar nas investigações. “Sabemos que existem operações que estavam sendo preparadas e estão sendo preparadas contra a França e outros países europeus e que podem acontecer nos próximos dias, nas próximas semanas”, advertiu Valls.
Ele destacou que a França deve estar preparada para os novos atentados. “Eu não digo isso para fazer medo, mas para que cada um esteja consciente. Os franceses retomam o trabalho após esses dias terríveis, as crianças voltam para a escola. A vida deve ser retomada evidentemente, mas nós vivemos e nós vamos viver muito tempo com esta ameaça terrorista. E, sem dúvida, é preciso se preparar para as réplicas dos ataques”, declarou Valls.
Os atentados de sexta-feira foram “organizados, pensados e planejados a partir da Síria”, disse. Tiroteios e explosões ocorreram de maneira coordenada em seis lugares: no Boulevard Voltaire, em frente ao bar La Belle, Bataclan, na Rua de la Fontaine, no bar Carillon e no Stade de France. Logo após os ataques, o presidente francês, François Hollande, decretou estado de emergência e fechou as fronteiras do país.

Estado Islâmico ameaça fazer mais ataques contra países aliados

Valls informou ainda que na cidade de Lyon, cinco pessoas foram detidas e armas foram apreendidas, incluindo um lança-granadas, coletes à prova de balas, várias pistolas e um fuzil kalashnikov.
Ele afirmou que a Conferência de Paris sobre o clima (COP21) ficará concentrada na negociação, enquanto os shows e atividades festivas serão “sem dúvida cancelados”.
O evento está previsto para acontecer entre os dias 30 de novembro e 11 de dezembro. “Nenhum chefe de Estado, nenhum chefe de governo apresentou um pedido de adiamento”, completou.
Além das novas ameaças terroristas, um grupo de hackers Anonymous, conhecido por ataques na internet contra organizações e indivíduos controversos, também divulgou um vídeo declarando guerra ao Estado Islâmico após os atentados de Paris. “Vocês devem saber que vamos encontrá-los”, diz a gravação em francês.
O anúncio foi feito por um homem usando uma máscara de Guy Fawkes. Ele avisa que o grupo vai lançar a maior operação já vista. “Esperem ataques cibernéticos massivos. A guerra está declarada. Preparem-se. Os franceses são mais fortes do que vocês pensam e vão sair dessa atrocidade ainda mais fortalecidos”, afirma o homem.
A polícia fez prisões, na Bélgica, de suspeitos de envolvimento com os ataques em Paris, mas ainda trabalha para identificar os nomes de todos os possíveis envolvidos na ação. Oito terroristas morreram durante as ações, mas acredita-se que outros organizadores dos atentados estejam à solta.
O Itamaraty confirmou três brasileiros feridos durante os atentados, dois estavam no restaurante Le Petit Cambodge e um no Bataclan, e todos estão foram de perigo. Outros estarem também no momento dos atentados em diversos dos pontos atingidos, mas conseguiram sair ilesos.
Um suspeito de envolvimento nos atentados de Paris está sendo em Paris e na Bélgica. A polícia francesa pediu neste domingo (15) a ajuda da população para tentar localizar Abdeslam Salah, 26 anos, alvo de uma ordem de prisão internacional emitida pela justiça belga.
Apresentado como um indivíduo perigoso, ele pode ser um dos camicases mortos ou pode estar foragido, segundo fontes próximas à investigação.
Ele morava em Molenbeek, um bairro popular de Bruxelas, de onde são oriundas as cinco pessoas detidas após os atentados de sexta. Segundo o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, o suspeito também é procurado na Bélgica.
Uma fonte ligada às investigações afirma que o mandante dos atentados teria sido identificado. Ele é Abdel-Hamid Aba-Oud, um cidadão belga que atualmente mora na Síria.
Cidadãos europeus que se radicalizam, vão lutar em organizações extremistas e depois voltam para casa estão na mira dos serviços secretos. Um dos carros usados nos atentados em Paris foi localizado na Bélgica.
Na França, a polícia prendeu 23 pessoas e apreendeu 30 armas nas últimas horas. Algumas dessas armas são usadas em guerras.
As digitais de um dos terroristas identificados são compatíveis com as de um imigrante da Síria que entrou na Grécia, em outubro.

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Estado Islâmico ameaça fazer mais ataques contra países aliados

Paralelo a toda a investigação acontecendo na França e na Bélgica, a resposta aos ataques realizando um missão de bombardeio na Síria desde atacando alvos do Estado Islâmico. Dez caças e outros dois aviões partiram da Jordânia e atigiram 20 alvos na cidade de Raqqa: uma base de comando, um centro de recrutamento, um campo de treinamento e um posto de munições foram destruídos. Essa cidade é considerada a capital do Estado Islâmico na Síria.
Desde setembro, a França participa da coalizão liderada pelos Estados Unidos que bombardeia posições desses terroristas. Os americanos prometem compartilhar informações com os franceses para ampliar esses ataques. O governo do Iraque informou que os atentados em Paris foram planejados em Raqqa.
Neste domingo (15), em Viena, o ministro de Relações Exteriores iraquiano declarou que o Iraque alertou sobre a possibilidade dos ataques, um dia antes. Ele disse que a inteligência iraquiana avisou aos Estados Unidos, França e Irã que eles poderiam ser atacados a qualquer momento.
Os líderes dos 20 países mais ricos do mundo, reunidos na Turquia, defenderam uma ação conjunta contra o Estado Islâmico. A presidente Dilma Rousseff participa do encontro.
Depois de serem surpreendidos pela tragédia parisiense bem na véspera do evento, os líderes mais poderosos do mundo quiseram aproveitar que estavam todos juntos para ver se já saiam da Turquia com alguma decisão importante.
Concordaram que é preciso montar uma estratégia conjunta para bloquear o dinheiro que paga as contas do Estado Islâmico. Concordaram também que é preciso reforçar o controle de fronteiras e aumentar a segurança em voos e aeroportos.
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, foi um pouco mais longe e já anunciou que vai contratar mais agentes e espiões. Vai mais do que dobrar os gastos país com a segurança aérea.
A grande questão no momento, e isso é discutido na reunião do G20, principalmente nos bastidores, é como fazer russos e americanos falarem a mesma língua.
Americanos e seus aliados atacam o Estado Islâmico e apoiam milícias rebeldes pensando em derrubar o ditador sírio, Bashar Al Assad. Enquanto isso, russos atacam as milícias rebeldes da Síria tentando manter o ditador no poder, praticamente, sem incomodar o Estado Islâmico.
Nos bastidores, diz-se que o presidente americano, Barack Obama, espera que, depois dos atentados em Paris, a Rússia passe a atacar o Estado Islâmico com mais intensidade.
Obama, e o presidente russo, Vladimir Putin, se reuniram neste domingo (15) por 35 minutos. Concordaram que é preciso um cessar-fogo e um plano de transição política na Síria, mas nenhum dos dois se mostrou disposto a mudar de estratégia e mesmo depois de todo horror que se viu na França, o abismo entre as duas potências ficou do mesmo tamanho.

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