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quinta-feira, 7 DE novembro DE 2024

Especialista esclarece sobre a prevenção do câncer colorretal

Foto: Reprodução

A proctologista Maristela Almeida diz que a maioria dos tumores de intestino tem relação com os hábitos, mas o fator genético também deve ser levado em consideração

Por Patricia Scott

O câncer de intestino ou colorretal é um dos mais frequentes tipos de cânceres no Brasil. Estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, revela que o país possuirá mais de 45 mil novos casos da doença em cada ano do triênio 2023/2025. Isso significa que afetará, potencialmente mais de 136 mil brasileiros. Ao todo, são 21,10 casos por 100 mil habitantes.

Para conscientizar a população quanto à doença, este mês ocorre a campanha Março Azul. A proctologista Maristela Almeida explica que a maioria dos tumores de intestino tem relação com os hábitos, mas o fator genético também deve ser levado em consideração. “Isso significa que a ocorrência de câncer colorretal está muito ligada aos hábitos alimentares, atividades físicas e a tomada de atitudes preventivas”.

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Quanto à alimentação, a especialista pontua que há muitos alimentos que podem favorecer o aparecimento desse tipo de câncer, seja por conter substâncias tóxicas, seja por deixar as fezes com mais tempo de contato com a parede intestinal. “Por exemplo, alimentos com poucas fibras podem levar a constipação intestinal, que deixa resíduos tóxicos com maior contato com a mucosa intestinal. Carnes, a depender da maneira que são preparadas como é o caso daquelas assadas em churrasqueiras, podem conter substâncias cancerígenas, devendo ser consumidas com muita moderação”, orienta.

Por isso, de acordo com Maristela, a melhor prevenção à doença é adotar hábitos de vida saudáveis, como dieta rica em fibras, atividade física, além de evitar alimentos gordurosos e carnes em excesso, sem contar a realização dos exames preventivos. “É importante procurar um médico para indicar exames para a prevenção do câncer colorretal, como a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia”, indica.

Segundo ela, ambos servem para identificar pacientes que, mesmo sem sintomas, podem apresentar pólipos, que são as lesões que, em mais de 90% dos casos, dão origem ao câncer de intestino grosso. “O ideal é realizar acompanhamento a partir dos 45 anos nos pacientes sem sintomas ou em qualquer idade caso haja algum sintoma que leve à suspeita da doença”.

A médica destaca que a realização de diagnóstico precoce é essencial para a cura da doença, assim como para evitar metástases em outros órgãos. Neste caso, o tratamento fica mais penoso e menos eficaz. Por isso, também é importante ficar atento a alguns dos sintomas mais comuns e de sinais de alerta.

“Estão entre os sinais de alerta o sangramento visível nas fezes, anemia ou emagrecimento sem causa aparente, alteração do funcionamento do intestino por mais de 40 dias (como é o caso de pessoas que evacuavam diariamente e passam a apresentar constipação ou diarreia). Na presença desses sintomas é necessária avaliação médica para os exames necessários”, esclarece Maristela.

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