O escritório terá recepção e sala de reuniões, e será compartilhada entre várias empresas, com o objetivo de reduzir custos
O governo brasileiro inaugurou nesse domingo (15) um escritório comercial na cidade de Jerusalém, Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, participaram da cerimônia.
De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), órgão vinculado ao Ministério das Relações Exteriores e que vai administrar o escritório, o local terá três funcionários.
Além disso, será comandado pela analista de comércio internacional Camila Torres Meyer, que está há 12 anos na agência e será a única funcionária do governo brasileiro ali. Outros dois funcionários serão contratados em Israel.
O escritório vai funcionar no edifício Jerusalem Gati Business Center em sistema de “coworking“. Dessa forma terá recepção e sala de reuniões compartilhada entre várias empresas, com o objetivo de reduzir custos.
O governo vai pagar US$ 1.600 por mês, o equivalente a R$ 6.768, pela cotação atual do dólar (US$ 4,23). De acordo com a Apex, esse valor inclui o uso da sala, internet, mobiliário, impressão e limpeza.
EMBAIXADA
O escritório comercial foi inaugurado após uma polêmica causada por declarações do presidente Jair Bolsonaro, que disse que transferiria a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. A exemplo do presidente norte-americano, Donald Trump.
A cidade é considerada sagrada por cristãos, judeus e muçulmanos e não é reconhecida internacionalmente como capital israelense. A abertura do escritório foi uma saída diplomática para o embaraço gerado com países árabes após o presidente ter manifestado publicamente a intenção de transferir a embaixada brasileira.
Israel considera Jerusalém a “capital eterna e indivisível” do país. No entanto, palestinos não aceitam e reivindicam Jerusalém Oriental como capital de um futuro Estado palestino.
O eventual reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, e a possibilidade de mudança da embaixada, suscitou, na época, receio de retaliações comerciais de países árabes, grandes compradores de carne bovina e de frango do Brasil.
*Da redação, com informações de G1
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