24.9 C
Vitória
sábado, 20 abril 2024

Escolas voltam a funcionar em Baixo Guandu e Colatina

As aulas em Baixo Guandu e Colatina, que foram suspensas esta semana por conta da possibilidade de chegada da lama com rejeitos das barragens que se romperam em Mariana, Minas Gerais, foram retomadas hoje (11/11) nas duas cidades.

A velocidade da onda reduziu no meio do caminho e a expectativa agora é de que chegue ao Estado até o final de semana. Enquanto isso, o Rio Doce vem sendo monitorado pelas autoridades estadual e municipais, além da Samarco, empresa responsável pelas barragens.

A suspensão das aulas aconteceu diante da possibilidade de interrupção do abastecimento de água nas cidades por conta da contaminação que deve ocorrer pelos rejeitos da usina de Germano, onde o minério de ferro é extraído.
Durante o percurso, a onda de lama está tendo sua velocidade e composição modificadas e as análises mostraram que essa “primeira onda”, ainda sem o volume compacto de lama, não inviabilizou a captação para tratamento, permitindo que as aulas fossem retomadas.

Escolas voltam a funcionar em Baixo Guandu e Colatina

A turbidez identificada anteriormente pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Baixo Guandu trata-se da água vinda da barragem de Aimorés, que chega antes da onda de lama. “O tratamento segue normal sem nenhum dado que prove que seja prejudicial para a população. Segue normal. A população pode ficar 100% tranquila porque essa água que estamos captando agora é a mesma que já estava e não tem alteração nenhuma”, afirmou o diretor do Saae no município, Luciano Magalhães. Segundo ele, essa turbidez foi registrada em outros locais por onde a lama passou.
Nesta terça-feira, uma equipe técnica do Saae de Baixo Guandu foi a Valadares colher amostras da água suja, para serem analisadas. A autarquia espera a chegada dos rejeitos para suspender o abastecimento novamente.

- Continua após a publicidade -

Buscas em Mariana
As buscas continuam em Mariana pelas pessoas desaparecidas. Até o momento foram confirmadas seis mortes, uma delas a menina Emanuele Vitória Fernandes, de 5 anos, que morava em Bento Rodrigues e a família entrou em desespero a ponto de ajudar nas buscas.
De acordo com os Bombeiros, 21 pessoas estão desaparecidos, sendo 11 funcionários da mineradora Samarco e dez informados por parentes. Estão hospedadas nos hotéis de Mariana 631 pessoas de 183 famílias.

Escolas voltam a funcionar em Baixo Guandu e Colatina

Paralisação da Samarco
A Samarco vai interromper as atividades em Ubu assim que terminar os estoques de minério. Alguns funcionários já estão em licença remunerada e vão receber férias até janeiro, quando a empresa vai fazer nova avaliação sobre qual será o destino das suas atividades. Só ficarão trabalhando os colaboradores que estão envolvidos nas ações relacionadas ao rompimento das barragens.
Entre as medidas adicionais de monitoramento e segurança que a Samarco vem adotando, a empresa iniciou nesta quarta-feira (11/11), uma mobilização para realizar intervenções nas estruturas remanescentes das áreas de barragens, com o objetivo de proporcionar maior grau de estabilidade, mitigar efeitos decorrentes do rompimento e prevenir problemas futuros.
As autoridades competentes recomendam a restrição do acesso à área impactada. Em nota, a mineradora reafirma que “a Samarco, juntamente com os órgãos públicos, continua absolutamente mobilizada para atuar no resgate e acolhimento aos impactados”.
Por determinação do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), a Samarco tem que distribuir água aos moradores e monitorar o rio, em função dos impactos ambientais e socioeconômicos que serão causados no Espírito Santo pela lama de rejeitos que atingiu o Rio Doce.
As operações da empresa na Unidade de Germano/Minas Gerais já estão paralisadas. Na Unidade de Ubu, em Anchieta/Espírito Santo, as operações industriais serão paralisadas ao final dos estoques de minério, bem como as operações de embarque, que serão interrompidas ao término dos estoques de produtos.
Na segunda-feira (9/11), o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Apoio Operacional da Defesa do Meio Ambiente (Caoa) e das Promotorias de Justiça dos municípios afetados, instaurou inquérito civil para apurar as consequências e os impactos sociais e ambientais provocados em municípios capixabas. Uma equipe técnica do MPES foi para Colatina monitorar e avaliar os efeitos da lama na água do Rio Doce. O Ministério realizou também reunião com a Samarco para que a empresa apresentasse um plano com as ações emergenciais.

 

Entre para nosso grupo do WhatsApp

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

- Publicidade -

Matérias relacionadas

Publicidade

Comunhão Digital

Publicidade

Fique por dentro

RÁDIO COMUNHÃO

VIDA E FAMÍLIA

- Publicidade -