À medida que os bombardeios continuam, os atendimentos médicos aumentam e expulsam mais moradores de suas casas
Por Patricia Scott
Em Mianmar, um hospital escondido na selva presta atendimento às vítimas da guerra civil. O conflito é entre os governantes militares e as minorias étnicas. Vale destacar que o país está em em 17º lugar na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2024 da Missão Portas Abertas, que destaca os 50 lugares mais difíceis para o cristão viver.
A instalação é secreta, porque o exército birmanês tem o hábito de bombardear hospitais, mesmo os civis. Com isso, os voluntários enfrentam ameaças constantes. Enquanto a guerra civil continua, o exército birmanês perde espaço para uma frente unificada de milícias e desertores.
“Estamos agora no estado de Karenni, num pequeno hospital que chamamos de Hospital Dr. Luca ou Hospital Luke. É um lugar que salva vidas. Centenas de pessoas vieram baleadas e feridas, especialmente desde o golpe”, disse Dave Eubank, fundador dos “Free Burma Rangers”, acrescentando: “Todos os hospitais que conheço no estado de Kearney foram bombardeados e destruídos, incluindo o hospital onde tudo começou”.
Em meio ao caos, voluntários do “Free Burma Rangers”, além de oferecerem cuidados médicos essenciais aos necessitados, prestam ajuda financeira. Todos trabalham sob grande risco para tratar os feridos e doentes.
“Nos últimos anos, sempre tive no coração uma vontade de realizar este tipo de trabalho. Só não consegui encontrar a oportunidade e a organização certa, que combinasse a fé cristã e o trabalho humanitário. E depois de orar e pensar muito sobre isso, me pareceu a escolha certa e não me arrependi da minha decisão desde então”, testemunhou o cirurgião alemão Tom Avery.
Diariamente, aviões inimigos sobrevoavam a área em busca do hospital. Isto porque o exército do regime militar convocou homens para esse tipo de trabalho. A ação já fez com que os voluntários se escondessem em uma vala enquanto eram bombardeados.
“Obrigado Jesus, por favor, ajude-os a errar novamente”, orou Eubank. O grupo ao qual pertence está ajudando a financiar um segundo hospital, que também será escondido na selva.
À medida que os bombardeios continuam, os atendimentos médicos aumentam e expulsam mais moradores de suas casas. Por isso, a necessidade de mais hospitais secretos. Com informações CBN News