Segundo Portas Abertas, os extremistas são vizinhos do terreno destinado ao templo e têm destruído repetidamente as construções iniciadas pelos cristãos
Por Patricia Scott
Cristãos no Egito têm enfrentado uma intensa perseguição e discriminação, e um caso específico, localizado em uma região do país, tem atraído atenção devido às dificuldades para a construção de um templo. Um grupo de cristãos no Alto Egito, desde 2003, tenta erguer uma igreja, mas os esforços têm sido constantemente frustrados por oposição de muçulmanos extremistas, que são a maioria na localidade. O país ocupa a 38ª posição na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2024 elaborada por Portas Abertas, que destaca as 50 nação mais perigosas para os cristãos.
Segundo a instituição missionária, os muçulmanos extremistas são vizinhos do terreno destinado ao templo e têm destruído repetidamente as construções iniciadas pelos cristãos. Apesar das dificuldades e dos anos de negociações infrutíferas, um pastor enviou os documentos necessários às autoridades, que, após longo período de espera, autorizaram finalmente a construção da igreja.
No entanto, com o início das obras, em abril de 2024, os cristãos enfrentaram graves perseguições, incluindo agressões físicas e verbais nas ruas. Crianças cristãs também foram ameaçadas na escola por colegas muçulmanos, sendo forçadas a levar mensagens para seus pais, informando que a igreja seria demolida e os cristãos mortos.
No dia conhecido como “sexta-feira da raiva”, muçulmanos radicais se reuniram e destruíram a construção da igreja. Eles também atacaram várias casas de cristãos coptas da vila e impediram que os seguidores de Jesus saíssem de suas residências. A situação foi controlada após a intervenção das forças de segurança, conforme relatado pela Portas Abertas.
Embora o incidente tenha causado grandes danos, uma sessão de reconciliação foi realizada, e vários extremistas foram libertados sob a condição de reconstruírem a igreja. No entanto, essa promessa ainda não foi cumprida.
A Missão Portas Abertas pede orações pela proteção e sabedoria do pastor e sua família, para que consigam negociar com as autoridades e vizinhos. Intercessão também são solicitadas para os cristãos perseguidos, que tiveram suas casas danificadas, e para que os muçulmanos radicais experimentem o amor transformador de Deus e se arrependam genuinamente. Além disso, orar pelo desenvolvimento econômico e social da região, para que os cristãos jovens permaneçam e formem a nova geração da igreja.