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quarta-feira, 24 abril 2024

Dívidas? Uma companheira indigesta!

O ditador cubano Fidel Castro afirmou que a dívida encerra problemas morais. De fato, há de se convir que a praga da dívida provoca uma desmoralização tal na vida de quem a possui, que é quase impossível as brigas e as confusões deixarem de existir na relação.

Números do Banco Central explicam por que a Paróquia de Santa Edwiges, em São Paulo, sempre recebe milhares de pessoas por ocasião da comemoração da “padroeira” dos endividados e das causas impossíveis: a consequência das dívidas sobre a saúde é muito grande. Os efeitos mais comuns são ansiedade, fadiga e alterações na qualidade do sono. “O estresse financeiro é uma das principais razões de acidentes cardiovasculares. Além disso, uma hora e meia a menos de sono implica redução de 30% no rendimento de um dia de trabalho, diz a neurologista Dalva Poyares, da Unifesp” (Revista Isto É, 03/09/2005).

O lexicógrafo e escritor alagoano Aurélio Buarque de Holanda define a dívida como um débito, uma obrigação, um dever. O homem mais rico da terra afirma que a dívida é uma armadilha. “E o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7). Sua liberdade lhe é tomada. “A dívida mata aos poucos, mas só se contentas quando devasta uma multidão.”

Durante os meses de agosto a outubro de 2011, recebi e-mails desesperadores de pessoas que estão esfaceladas e atoladas em dívidas. No livro de minha autoria, “Até que as Finanças nos Separem”, dou uma orientação sobre como se precaver da “indigesta companheira”, a dívida: “Quando o semáforo financeiro acender a cor verde, sinaliza que está tudo sob controle. Ao aparecer o amarelo, atenção! Se o vermelho acender, a freada precisa ser instantânea, pois há perigo à vista”.

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Qual é a solução quando o monstro das dívidas quer colocar um fim na vida financeira do homem?
A vida tem seus problemas naturais, muitos provocados pelo próprio homem, entre eles as dívidas. Se forem tratadas a tempo, as dívidas terão mais possibilidades de êxito. Ninguém deve brincar com elas. Se foram contraídas, enfrente-as, pague-as, seja uma ou muitas. Portanto, torna-se necessário começar a esboçar um planejamento, pagando-as, seja à vista, parceladas, renegociadas. A despeito de qualquer situação, elas devem ser quitadas.

Quais as saídas para alguém que está vivendo o drama das dívidas?
Joana Del Guercio, escritora e instrutora de treinamentos na área de previdência privada, finanças empresariais e pessoais, oferece uma cartilha a ser praticada diante das dívidas:

– Peça ajuda a seus credores, seja humilde e mostre intenção de pagar. Nada mais nobre para um devedor do que dizer ao seu credor: “Devo, não nego, pagar é o que mais desejo”.

– Faça acordos antes de os problemas tornarem-se um monstrinho.

– Faça uma visita. É mais cortês e seguro em vez de mandar outra pessoa.

– Seja honesto ao mostrar sua estratégia de pagamento.

– Não prometa o que não pode cumprir.

– Tente pagar dentro de suas reais possibilidades, no menor prazo possível.

– Inclua uma carta para todos os credores, dando satisfação de que está trabalhando.

– Ainda que pouco, amortize a dívida. Diz o dito popular: “De grão em grão a galinha enche o papo”.

– Jamais mude de lugar sem avisar a todos; sempre dê satisfações aos credores.

– Mesmo que o salário seja irrisório em relação ao que se deve, é melhor ficar no emprego. Normalmente empresas conceituadas dificilmente empregam pessoas que vivem perambulando “ali ou acolá”.

– Faça uma redução drástica nas despesas para que sobre dinheiro para as renegociações. Tal sacrifício reverterá em benefício, pois sua paz de espírito vale muito. O poeta italiano Ludovico Ariosto já dizia: “Mais do que riqueza, quero paz”.

Concluo usando o Livro Sagrado, “a ninguém, fiqueis devendo nada, senão o amor” (Rm. 13.8).

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