A declaração é de Sérgio Moro durante discurso em cerimônia de transmissão de cargo no Ministério da Justiça e Segurança Pública, que defendeu políticas para inibir ‘oportunidades’ para o crime.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro fez um discurso firme e categórico nesta quarta (2) após assumir o cargo. Ele reiterou que suas prioridades são o combate à corrupção e violência.
Um plano anti-corrupção está sendo finalizado para ser enviado ao Congresso Nacional. Também deverá ser definida uma parceria de cooperação com os Estados para ampliar o sistema de segurança pública em todo país.
Moro afirmou que a população precisa ter confiança no governo e alertou que os desvios de recursos públicos atingem fortemente as camadas mais vulneráveis que dependem essencialmente dos serviços públicos. “Fazer a coisa certa, pelos motivos certos e do jeito certo será nosso lema.”
Segundo o ministro, é preciso avançar de forma coletiva para dar mais segurança a todos. “Não podemos nos achar impotentes. Avançamos muito até aqui, mas podemos avançar mais para que o brasileiro, seja qual for sua renda, tenha o direito de viver sem o medo da violência ou de ser vítima de um crime nos níveis epidêmicos atualmente existentes”, disse.
Ele também destacou as parcerias com outros países, que, segundo ele vão dar mais agilidade à identificação de ilícitos e seus autores. “Não deve ter porto seguro para criminosos no exterior e o Brasil jamais será porto seguro para criminosos”, afirmou.
Violência e combate à corrupção
Uma das metas de Moro é combater à corrupção. Uma das propostas é proibir a progressão de regime para membros de organizações criminosas. O texto será enviado ao Congresso.
“Este foi o mais importante avanço institucional dos últimos anos. Pretendemos honrá-lo e igualmente beneficiar toda a população com uma justiça célere consolidando o avanço de maneira clara e cristalina na Constituição”, afirmou.
Para combater a violência, o ministro disse que vai colocar em prática ações de cooperativismo. Ele elogiou a implantação da intervenção federal na segurança pública do Rio, de fevereiro a dezembro de 2018.
“É um papel equivalente à intervenção federal do Rio de Janeiro. Substituindo ‘intervenção’ por ‘cooperativismo’”, disse. Para isto, o ministro acrescentou que quer estabelecer uma parceria com estados para incrementar o trabalho de inteligência e troca de informações.
Moro defendeu a implementação de ações federais para retomar o controle do Estado sobre as penitenciárias. Também destacou que está em estudo o incremento do banco de dados genéticos de condenados por crimes dolosos no Brasil, criado para facilitar a identificação de pessoas. Segundo Moro, o dinheiro do tráfico poderá ser usado em medidas de segurança ou investimentos para recuperação de dependentes químicos.
*Da Redação, com informações da Agência Brasil
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