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quinta-feira, 28 março 2024

Deus, sara a nossa terra!

O rei Salomão estava consagrando o templo de Jerusalém ao Senhor. Na festa de inauguração, a glória de Deus encheu o templo. O povo, ao ver a gloriosa manifestação de Deus, prostrou-se e O adorou.

Deus, então, apareceu a Salomão e fez-lhe uma promessa, dizendo que, em caso de crise e juízo sobre a nação, se o seu povo se voltasse para Ele, então seus pecados seriam perdoados e sua terra seria curada. (2 Cr 7.14). Quatro verdades devem ser destacadas à luz do texto em tela. Em primeiro lugar, em tempos de crise, o povo de Deus deve se humilhar perante a face do Senhor (2 Cr 7.14). “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar…” Na mesma medida que a obediência produz bênçãos, a desobediência atrai maldição. Quando a nação vira as costas para Deus, rejeitando Sua lei, escarnecendo de Sua Palavra, entregando-se a toda sorte de aberrações morais, promovendo o mal e refreando o bem, o juízo divino torna-se inevitável. A humilhação ante a poderosa mão de Deus é o caminho da restauração. Enquanto o povo endurecer sua cerviz, sofrerá as consequências irremediáveis de sua desobediência. O juízo deve começar pela casa de Deus. Por isso, só uma Igreja quebrantada pode chamar a nação ao arrependimento. Só quando a Igreja se humilha é que Deus visita a terra com cura. Em segundo lugar, em tempos de crise, o povo de Deus deve orar com fervor (2 Cr 7.14).

“Se o meu povo, que se chama pelo nome […] orar, e me buscar…” O pecado produz sofrimento para a nação, mas a oração abre o caminho da restauração. Quando a Igreja se prostra para orar, Deus restaura a nação. Quando a Igreja ora, o braço de Deus se move para restaurar o povo. A oração é a maior arma da Igreja, pois Deus age por intermédio da oração. A oração é revolucionária, pois orar é conectar o altar com o trono, é unir a fraqueza humana com a onipotência divina. Quando a Igreja se prostra em oração diante de Deus para buscar Sua face, o caminho da restauração e do avivamento é aberto.

Em terceiro lugar, em tempos de crise, o povo de Deus deve abandonar seus maus caminhos (2 Cr 7.14). “Se o meu povo […] se converter dos seus maus caminhos…” Os pecados do povo de Deus são mais graves do que os pecados das demais pessoas. Isso porque o povo de Deus peca contra um maior conhecimento. O povo de Deus denuncia o pecado em público e, não poucas vezes, o pratica em secreto. Quanto um cristão cai, sua queda torna-se pedra de tropeço para os incrédulos.

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O caminho da restauração passa pela confissão e pelo abandono do pecado. Uma Igreja mundana e secularizada é sal que perdeu o sabor. É luz debaixo do alqueire. Seu testemunho é ineficaz, sua voz é confusa e sua influência é pífia. O povo de Deus é convocado pelo próprio Deus a se converter de seus maus caminhos. Quando isso acontece, então sua cura brota sem detença, e a nação toda é abençoada.

Em quarto lugar, em tempos de crise, quando o povo de Deus se volta para Deus, Ele se volta para Seu povo para sarar a nação (2 Cr 7.15). “… Então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”. O povo de Deus precisa passar pela porta do arrependimento para ser perdoado e curado. Nosso país está doente e caído pelos seus pecados. Desde o palácio às choupanas, desde o parlamento às cortes, desde a igreja às famílias, desde à indústria ao comércio, desde as salas das escolas às ruas, nossa nação tem multiplicado seus pecados contra Deus. O descalabro moral que feriu com golpes profundos nossa classe política e importantes setores da sociedade é consequência desse descaso com as coisas de Deus. A solução para o Brasil não está apenas nas decisões de nossas cortes nem apenas no escrutínio do voto popular. A solução para o Brasil está em Deus. Se nos voltarmos para Deus em arrependimento, Ele se voltará para nós em graça e misericórdia!

Hernandes Dias Lopes é bacharel em Teologia pelo Seminário do Sul, Campinas/SP e doutor em Ministério pelo Reformed Theological Seminary de Jackson, no Missisipi, Estados Unidos. Pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória desde 1985, conferencista e escritor, com mais de 70 livros publicados

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