Os lideres religiosos dizem o conceito de que ‘o desejo homossexual não se configura como pecado, a não ser que seja levado ao ato sexual efetivo’ é contrário à Bíblia
Por Patricia Scott
Recentemente, o reverendo Ageu Magalhães compartilhou, em suas redes sociais, uma reflexão sobre o que as Sagradas Escrituras dizem a respeito da sexualidade, afirmando que o desejo homossexual é pecado.
Magalhães destacou que a Bíblia aponta para essa direção, citando o décimo mandamento: “não cobiçarás” (Êx 20.17). Ele explicou que a cobiça é um desejo interno que Deus condena, enfatizando que não se trata apenas de um ato externo, mas de um desejo impuro que, por si só, já constitui pecado.
O reverendo também mencionou a declaração do salmista Davi: “Não porei coisa injusta diante dos meus olhos…” (Sl 101.3), indicando que o pecado pode começar nos pensamentos antes de se manifestar em ações. Jesus reforça essa ideia ao afirmar que olhar para uma mulher com intenção sexual já é considerado adultério no coração (Mt 5.28). Portanto, o pecado se origina no desejo, não apenas no ato.
Magalhães ainda ressaltou um importante trecho do Novo Testamento que fundamenta a doutrina sobre práticas sexuais reprovadas. Ele explicou que Deus valoriza o estado interno do coração, e não apenas as ações visíveis. Em Romanos, Paulo enfatiza que Deus entregou homens e mulheres idólatras a paixões vergonhosas, que são, por si só, pecaminosas e precedem os atos homossexuais (Rm 1.26-27).
O reverendo observou que, embora “pecados heterossexuais e homossexuais sejam diferentes”, o desejo homossexual, mesmo em um relacionamento, continua sendo pecado, enquanto o desejo heterossexual dentro do casamento não é. Ageu argumentou que a relação entre homem e mulher foi criada e aprovada por Deus, ao passo que o relacionamento homossexual é condenado.
O pastor Milton Junior, da Igreja Presbiteriana da Praia do Canto, em Vitória (ES), também comentou sobre o tema, reforçando a posição de Ageu Magalhães. Em uma postagem nas redes sociais, ele destacou a importância do posicionamento oficial da IPB sobre o assunto, compartilhando uma manifestação do Supremo Concílio Presbiteriano de 2022.
“A IPB não tem sua identidade confessional refletida em indivíduos e suas ilações”, diz trecho do documento, que também afirma categoricamente que “é incompatível com o ensino bíblico o conceito de que ‘o desejo homossexual não se configura como pecado, a não ser que seja levado ao ato sexual efetivo’”, concluiu.
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