Existem rumores de que Ahmed foi preso pelas autoridades, que desejam informações sobre os cristãos secretos
Por Patricia Scott
No Iémen, um cristão desapareceu sem deixar vestígios. Segundo a Missão Portas Abertas, ninguém consegue contato com Ahmed (pseudônimo), e a comunidade religiosa está muito preocupada, temendo pelo o que pode ter ocorrido.
Fontes locais afirmam que Ahmed era um homem querido e respeitado em sua comunidade, especialmente entre os cristãos perseguidos. Sua visibilidade e envolvimento no ministério cristão, no entanto, o tornaram um alvo do governo iemenita.
“Estamos devastados e tememos pelo pior”, declarou um líder cristão, que pediu anonimato por questões de segurança. “Ahmed era um exemplo de fé e coragem. Ele ajudava muitos irmãos em Cristo, mas agora está desaparecido, e não sabemos se está vivo ou morto”, acrescentou.
Atualmente, o Iémen ocupa a 5ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2024, que destaca os países mais hostis à vida cristã. “Independentemente do motivo do desaparecimento de Ahmed, sua família está profundamente abalada e precisa de nossas orações, assim como outros cristãos perseguidos no Iémen”, informou a Portas Abertas.
Desde o desaparecimento de Ahmed, em estado de alerta, a família constantemente muda de residência para evitar ser localizada pelas autoridades. Os parentes estão extremamente abalados e desesperados. “Orem para que Deus os proteja e lhes dê forças nesse momento de angústia”, pediu um pastor da região. A igreja subterrânea se une em oração, mas também em profundo temor pelo que pode ter acontecido com Ahmed.
As circunstâncias em torno do desaparecimento de Ahmed permanecem misteriosas. “Há rumores de que ele foi preso pelas autoridades, que estão em busca de informações sobre outros cristãos secretos. Outros dizem que ele foi torturado e, possivelmente, morto por causa de sua fé em Jesus”, relatou outro membro da igreja clandestina. As informações contraditórias intensificam o medo e a angústia da comunidade cristã.
“Ser cristão no Iémen é um risco constante. As pessoas podem ser presas, torturadas ou até mortas por professar sua fé”, destacou um representante da Portas Abertas, que monitora a perseguição religiosa em todo o mundo. “Ahmed sabia dos perigos que enfrentava, mas escolheu continuar servindo a Deus e apoiando outros cristãos a se manterem firmes na fé.”