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domingo, 23 DE março DE 2025

Denominações cristãs processam governo Trump por prisões de imigrantes em igrejas

Foto: FreePik

As entidades argumentam que as incursões do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA em igrejas violariam os direitos à liberdade religiosa garantidos pela Primeira Emenda da Constituição norte-americana 

Por Patricia Scott 

Uma coalizão de 27 organizações religiosas, incluindo 15 cristãs, entrou com uma ação judicial contra a decisão do governo de Donald Trump de permitir que agentes de imigração entrem em locais de culto. Na queixa conjunta apresentada na terça-feira (11) ao Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia, as entidades afirmaram que as incursões do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA em igrejas violariam seus direitos à liberdade religiosa garantidos pela Primeira Emenda da Constituição norte-americana.

O processo destaca que uma ação de fiscalização da imigração durante cultos, atividades ministeriais ou outros eventos congregacionais teria um impacto devastador sobre a prática religiosa. A queixa ainda enfatiza que isso destruiria o espaço sagrado do santuário, prejudicaria o culto comunitário e afetaria o alcance dos serviços sociais essenciais para a expressão religiosa e prática espiritual das congregações e seus membros.

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Jim Wallis, líder evangélico, diretor do Centro de Fé e Justiça da Universidade de Georgetown e fundador da organização Sojourners, de justiça social, afirmou que o governo Trump “ameaça violar os locais sagrados de culto”, impedindo que as igrejas cumpram o mandamento bíblico de acolher “o estrangeiro”. Ele acrescentou que essa medida é um ataque claro ao livre exercício da religião, violando tanto a Primeira Emenda quanto a Lei de Restauração da Liberdade Religiosa. Wallis ainda destacou que a ação judicial, que reúne diversas denominações religiosas, representa um novo capítulo na defesa histórica das comunidades religiosas pela liberdade religiosa e pela justiça aos mais marginalizados.

O reverendo Samuel Rodriguez, presidente da Conferência Nacional de Liderança Cristã Hispânica, havia declarado anteriormente que a nova política não afetaria diretamente os imigrantes que entraram no país legalmente ou as igrejas. Ele não prevê cenários em que agentes do Serviço de Imigração e Alfândega, em colaboração com outras agências policiais, realizem batidas em cultos religiosos. Segundo ele, os agentes poderiam estar fora das instalações da igreja, no estacionamento, buscando criminosos que eventualmente saem do culto, como membros de gangues ou pessoas com antecedentes criminais.

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Kelsi Corkran, advogada principal das organizações religiosas, argumentou que as tradições religiosas convergem em uma obrigação clara de acolher e servir refugiados, solicitantes de asilo e imigrantes, independentemente de seu status legal ou documentação. Ela também afirmou que a decisão do Departamento de Segurança Interna de revogar a política de “locais sensíveis” e permitir fiscalizações em locais de culto é uma violação dos direitos dos demandantes sob a Primeira Emenda e o Religious Freedom Restoration Act.

Entre as organizações cristãs que fazem parte da ação estão a Igreja Menonita EUA, a Igreja Metodista Episcopal Africana de Zion, a Igreja Episcopal, os Discípulos de Cristo, a Igreja dos Irmãos, a Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana (EUA) e órgãos regionais da Igreja Unida de Cristo e da Igreja Metodista Unida. Também estão envolvidas a Rede Nacional Cristã Latina, a Conferência Central de Rabinos Americanos, o Conselho de Igrejas da Carolina do Norte, a União para o Judaísmo Reformista, a Associação Unitária Universalista e a Sinagoga Unida do Judaísmo Conservador. Com informações The Christian Post 

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