Após 30 anos como Capelão da Força Aérea dos EUA, Curt Cizek foi demitido por pregar sobre o pecado da imoralidade sexual, e agora luta pela liberdade de expressão e religiosa
Depois de trabalhar por 30 anos como capelão da Força Aérea dos Estados Unidos, Curt Cizek foi demitido por pregar para recrutas sobre a visão bíblica sobre homossexualidade. Apesar da demissão ter sido há sete anos, o ex-militar continua lutando por seus direitos religiosos
“A mensagem era sobre ‘o pecado que não achamos tão ruim. Eu disse: ‘sabe, às vezes a igreja ganha a reputação de ser preconceituosa, porque olhamos para um pecado, a homossexualidade, e então fechamos os olhos e não dizemos nada sobre o pecado heterossexual. Isso é ser hipócrita’”, disse Curt Cizek.
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A pregação foi feita na Base Aérea de Lackland. Segundo informações da CBN News, 2.500 pessoas ouviram a mensagem. Porém, gerou um efeito dominó. O que resultou em sua demissão.
“Eu descobri logo depois que uma estagiária lésbica registrou uma reclamação sobre o sermão. Ela reclamou que eu disse que todos os homossexuais vão queimar no inferno. Não sei que sermão ela ouviu, porque não foi isso que preguei naquele dia. Também tínhamos uma comandante assumidamente lésbica trabalhando no treinamento básico e quando ela ouviu sobre a reclamação da estagiária, ela não concordou”, contou.
Além de perder o cargo, Cizek também perdeu a chance de ser promovido. “Meus relatórios de desempenho foram rebaixados, minha recomendação de promoção foi rebaixada. Fui preterido duas vezes para promoção e involuntariamente afastado da Força Aérea em 2016”, explicou.
Liberdade religiosa
Após quatro anos de batalhas, Cizek decidiu vir a público revelar sua história às pessoas. O advogado que cuida do caso, Paul Platte, afirmou que ele tem objetivos simples.
“Tudo o que ele quer fazer é servir a Deus e ao seu país. Os regulamentos da Força Aérea permitiam especificamente que ele desse esse tipo de sermão. A Primeira Emenda protege sua liberdade de expressão e de religião. Portanto, achamos um absurdo o que aconteceu com ele”.
A Força Aérea nunca registrou por escrito que o sermão causou os relatórios de baixo desempenho, mas o acusou de “violar protocolos” não relacionados ao processo que resultou na demissão do capelão. Em sua defesa, Curt Cizek nega que tenha cometido qualquer violação e após apelar aos escalões mais altos da Força Aérea.
Ele apenas recebeu um documento que supostamente mostrava os motivos da decisão, mas o material suscitou mais dúvidas. “Aqui no topo da página está escrito os motivos da decisão e, em seguida, deixa em branco tudo que explica o motivo da decisão. Mas sabemos por quê. Ele foi disciplinado três dias depois de fazer o sermão sobre a imoralidade sexual”, protestou o advogado.
Justiça
O caso foi levado, inclusive à Casa Branca, que encaminhou para o Conselho da Força Aérea para Correção de Registros Militares para reconsideração. Mas as autoridades responsáveis se recusaram a reabrir o caso. Agora, o escritório do Inspetor-Geral do Departamento de Defesa está investigando o caso e o capelão espera que uma mobilização dos cristãos seja suficiente para corrigir a decisão tomada contra ele.
“Este é um momento para os cristãos conservadores sermos ouvidos, fazendo com que seus legisladores, a Casa Branca, a Força Aérea e o Secretário de Defesa saibam como eles se sentem a respeito disso. A verdadeira intolerância está impedindo as pessoas de falarem a verdade. Essa é a verdadeira intolerância e fanatismo que existe em nossa nação hoje”, disse Cizek.
*Com informações de CBN News
