A empresa francesa de streaming de música, Deezer, está buscando alternativas para prosperar contra o Spotify e a Apple no mercado mundial.
Atualmente, conta com 12 milhões de usuários ativos, sendo cerca de 9 milhões pagantes, enquanto a Spotify conta com 60 milhões de assinantes pagos.
Como parte da estratégia, a Deezer lançou este ano o Deezer Next, que conta com equipes locais de “editores” para identificar talentos em gêneros de nicho e criar conteúdo original, como faz a Netflix. A aposta agrega diferencial e reduz cobranças das gravadoras por serviços de transmissão. Outro lançamento da marca foi o Deezer Moods, que convida artistas a criarem playlists com canções para ocasiões específicas como “trilha de churrasco” ou “ dias de chuva”, onde cada um escolhe suas faixas e comenta o porquê.
A empresa, que é líder no mercado gospel brasileiro, também concentra forças em gêneros musicais locais em mercados de rápido crescimento, com frequência mercados não de língua inglesa, onde acredita que poderá roubar participação. O presidente-executivo da Deezer, Hans-Holger Albrecht, disse que vai mirar mercados selecionados na América Latina, Ásia e África, onde o Spotify ainda não é dominante, incluindo a Guatemala, Bolívia, Paraguai, Colômbia, Nigéria, Senegal e África do Sul.
Mercado no Brasil
De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), as duas modalidades de streaming, remuneradas por subscrição ou publicidade, representaram respectivamente 35,5% e 30,1% do total do faturamento com música digital no Brasil em 2015. As mídias digitais representam, ao ano, cerca de 60% da receita do mercado.