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sexta-feira, 29 março 2024

Dada a largada para elucidar denúncias contra ministro e pastores no MEC

Foi dado mais um passo no caso da denúncia de suposto favorecimento a pastores no Ministério da Educação. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia determinou abertura de inquérito contra o ministro Milton Ribeiro e pastores no MEC

Por Lilia Barros

A determinação vai possibilitar que Ribeiro e os dois suspeitos (Gilmar Santos e Arilton Moura), além de prefeitos que relataram supostos pedidos de propina e irregularidades envolvendo o MEC, sejam ouvidos durante o inquérito que terá prazo de 30 dias improrrogáveis. O motivo é o áudio no qual o ministro diz privilegiar dois pastores evangélicos na distribuição de verbas do MEC.

Este novo episódio representa uma oportunidade para a própria bancada evangélica esclarecer o que de fato está acontecendo. O líder da bancada, deputado Sóstenes Cavalvante (PL-RJ), diz ser preciso dar chance a Milton Ribeiro se explicar, mas que ‘não será complacente’. “É preciso garantir o “amplo direito de defesa” e evitar “pré-julgamentos” sobre o caso, mas o grupo não será “complacente” caso sejam comprovadas irregularidades. Segundo ele, não cabe à frente parlamentar pedir a demissão do ministro ao presidente Jair Bolsonaro.

No Espírito Santo, o pastor Joares Mendes entende ser este momento importante para elucidar as acusações feitas. “Se for verdade eu acho um absurdo que líderes evangélicos ou de qualquer outro credo religioso busquem tratamento diferenciado do governo. O objetivo de quem governa deve ser o bem estar de toda a população e não de segmentos específicos. Com a abertura do inquérito vamos ver se quem acusa pode provar”, destaca.

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O pastor Gilmar Santos divulgou uma nota em sua rede social, declarando que as afirmações veiculadas sobre sua participação em um “gabinete paralelo de pastores” são “inverdades”. “Nego, peremptoriamente, a falácia de que pedi, recebi, mandei pedir, ou de algum forma, contribuí, para o recebimento de propina, ou qualquer ato de corrupção junto ao Ministério da Educação, bem como ao atual ministro titular da pasta. Também ab-rogo a falácia de que faço parte de um gabinete paralelo de pastores com quaisquer das finalidades elencadas anteriormente”, disse o pastor.

O ministro Milton Ribeiro negou que Bolsonaro tenha pedido para favorecer pastores e diz que não deixará o cargo. Ribeiro admitiu que o presidente chegou a pedir para que a pasta da Educação recebesse líderes evangélicos, mas garantiu que liberação de verbas segue “critérios técnicos”.

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