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sexta-feira, 19 abril 2024

Da infância para a adolescência: dicas valiosas para os pais

Muitos pais encaram a transição da infância para a adolescência com ansiedade e nervosismo (Foto: Divulgação)

Orientadora pedagógica ensina que a construção de um relacionamento baseado no afeto é a chave para uma transição saudável entre esses períodos

Por Patricia Scott 

Por volta dos 12 anos é a chegada da adolescência. Fase marcada pelo aparecimento de dúvidas, ansiedades e novos sentimentos, que são, geralmente, acompanhados por mudanças no comportamento e nos gostos dos jovens.

Para muitos pais, esse momento da vida é visto como difícil ou desafiador, tendo em vista que os filhos começam a respondê-los e a agir de forma encarada como “rebelde”. A orientadora pedagógica Mabel Cymbaluk esclarece que, na verdade, o que ocorre é a construção da identidade dos adolescentes que por vezes pega a família desprevenida.

“Até uma determinada fase, a criança faz o que é pedido sem questionar muito. No entanto, ela vai adquirindo conhecimentos, conquistando o seu espaço e isso nem sempre está de acordo com as expectativas dos pais. Aquela criança passa a questionar, a se impor como pessoa. Isso pode gerar uma crise nos lares”, frisa Mabel.

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O comportamento dos adolescentes, nesta idade, é influenciado pelas mudanças físicas, psicológicas e sociais. Por outro lado, a forma como os pais lidam com esse processo pode determinar como os filhos reagem a suas próprias dúvidas e inseguranças.Pandemia:

A orientadora pedagógica Mabel Cymbaluk separou quatro dicas para orientar as famílias e ajudá-las a fazer desta transição de fases um período mais natural e saudável.

Ensine responsabilidade e autonomia
Quando a criança é estimulada a ter responsabilidades, crescer e assumir novas posturas torna-se mais natural, pois ela percebe o que é capaz de fazer sozinha. Para tal, os pais podem deixar que os filhos façam dentro de casa aquilo que é adequado para suas idades, distribuindo pequenas tarefas diárias. A escola também contribui com esse processo de amadurecimento, propondo atividades com desafios que incentivam a superação de dificuldades. Assim, as crianças transitam melhor pelas diferentes fases de seu desenvolvimento.

Pratique a escuta ativa
Em geral, os adultos até ouvem as crianças, mas não de forma atenta, com acolhimento. Na escuta ativa, existe o interesse de entender pelo que o outro está passando, e isso faz toda a diferença. É importante ter em mente a importância de falar sobre os sentimentos com os pré-adolescentes e adolescentes.

Entenda a realidade do seu filho
É fundamental entender o momento atual e as necessidades que os jovens conectados de hoje em dia têm. Não adianta viver do passado e dizer ao adolescente que na sua época era diferente, ou que na idade dele você tinha muito mais responsabilidades. Imponha as regras da casa com afeto e não tire de seu filho a possibilidade de expressar-se. As palavras de ordem são paciência, diálogo e acolhida.

Saiba estabelecer limites
Esse período requer conversa e acolhimento, mas também exige que limites claros sejam estabelecidos. A receita é o equilíbrio. Os pais podem e devem impor limites, mas com abertura para diálogos, deixando claro o que é negociável ou não. É comum ver pais que desejam que os filhos tenham o hábito de leitura, por exemplo, mas não têm livros disponíveis em casa e nem costumam eles mesmos exercitar esse hábito. As crianças e os adolescentes aprendem mais com o que percebem de suas famílias e escolas do que com a permissão excessiva ou com os grandes discursos unilaterais, recheados de “nãos”.

 

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