Com escalada de covid-19 bem alta na capital mineira, prefeito Alexandre Kaliu endureceu as medidas restritivas e suspendeu vários serviços, inclusive os cultos presenciais nas igrejas
Por Priscilla Cerqueira
Além de São Paulo e também no Espírito Santo, novas medidas mais restritivas estão em vigor, em Belo Horizonte (MG), a partir desta segunda-feira, 15, para tentar frear o avanço do coronavírus. A capital estava com todos os indicadores de monitoramento da Covid-19 em “alerta vermelho”.
Estão proibidos de funcionar na cidade lojas de materiais de construção, escolas de idiomas e os cultos religiosos também não podem ser realizados presencialmente
O anúncio foi feito, durante a tarde desta sexta-feira (12). É quarta vez que o prefeito fecha a cidade por causa da pandemia. A primeira medida foi em março do ano passado, depois em junho, em janeiro deste ano e agora.
Situação na cidade
Jackson Machado, secretário municipal de saúde, explicou que as restrições foram sugeridas em função do avanço dos índices que monitoram a pandemia. Atualmente os três estão no vermelho.
Machado alertou, ainda, que a situação é ainda mais preocupante nos hospitais particulares. Segundo o secretário, nestas unidades a ocupação está em 95,4%. Considerando apenas leitos públicos, o percentual reduz para 84,2%.
Fiscalização
O prefeito ainda prometeu endurecer a fiscalização e realizar um levantamento sobre a situação dos prédios comerciais. “Não podemos continuar com esta lotação no transporte público sendo que a cidade está fechada. Tem um mistério aí e está nos prédios comerciais. Em até 10 dias devemos detectar o que precisa fechar neles.
As novas restrições foram anunciadas um dia após a ocupação das UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) covid-19 chegar a 89% e deixar todos os índices de monitoramento no vermelho. Considerando apenas os hospitais particulares, a situação está ainda mais crítica, já que 96% das vagas estão ocupadas.