O governo da Eritréia, país localizado no Chifre da África, prendeu mais de 100 cristãos em maio deste ano. As autoridades da região aprovaram apenas quatro denominações religiosas, e agora o Estado está atacando todas as outras denominações consideradas “ilegais”.
“Na Eritréia, a situação aparenta ser de liberdade religiosa. Mas, eles permitem que apenas determinadas denominações de cristãos se encontrem abertamente. Então, [por exemplo], as igrejas ortodoxas são totalmente livres na região”, disse Emily Fuentes, do ministério Portas Abertas.
“O problema é que se qualquer pessoa que não faz parte de uma denominação particular aprovada pelo governo – que são apenas quatro – se encontrar em suas casas para adorar a Deus e ler a Bíblia, ou se fizerem alguma coisa parecida com isso, elas são consideradas criminosas”, ressaltou.
Punição do governo
As quatro denominações religiosas permitidas são o islamismo sunita, o cristão ortodoxo, o cristão católico e o luterano evangélico. Qualquer denominação externa é suscetível de enfrentar a punição do governo.
“Eles são capturados e colocados em prisões de armazenamento, como contêineres muitas vezes”, disse Fuentes. “A Eritréia está no lado leste do continente africano, onde é extremamente quente. Essas pessoas às vezes ficam presas nesses recipientes de armazenamento com pouca ventilação e expostos a até 120 graus de calor”, alertou.
“Eles ficam doentes por conta da falta de higiene nesses locais, e muitas vezes não recebem os alimentos que necessitam para se nutrem. Portanto, é um lugar horrível para os cristãos que não fazem parte das denominações aprovadas”, pontuou.
Fuentes ainda disse que os cristãos devem orar por seus irmãos cristãos na Eritreia, mas também podem assinar uma petição pedindo ao presidente Trump que eleja uma “Liberdade Religiosa Internacional” para avaliar a perseguição contra minorias religiosas em todo o mundo.
Desde 2002 que o governo baniu os grupos religiosos que não fazem parte dos quatro permitidos, na Eritreia. E até mesmo os que não foram banidos sofrem forte monitoramento. A opressão sobre os outros grupos, proibidos de se reunir, coloca o país em 10 lugar na Classificação de Perseguição Religiosa.