O cancelamento é a maior ameaça à liberdade religiosa mundial, explica Michael Farris, presidente Alliance Defending Freedom (ADF)
Por Victor Rodrigues
O termo “Cancel Culture” (Cultura do Cancelamento) ganhou destaque nos últimos anos nas redes sociais. Segundo o escritor considerado “pai da educação e da escolaridade americana”, Noah Webster, cancelar é “fazer desaparecer”.
Quais perigos esse termo representa para os cristãos na sociedade? E nos círculos profissionais e sociais? Há pessoas que têm medo de perder colegas, posições, reputação e até mesmo seus empregos por pensar diferente?
Recentemente, a cantora gospel Bruna Karla foi vítima de ataques nas redes sociais por sua posição bíblica em relação à prática homossexual. A artista afirmou que não abre mão de viver o Evangelho.
Bruna enfatizou que os cristãos não devem abrir mão dos valores bíblicos. “Este é o tempo em que a Igreja se coloca de pé. Este é o tempo em que a Igreja não depende do que estão falando aí fora. A Igreja depende do Deus vivo. Não abra mão de viver o Evangelho. Não abra mão de ser quem Deus te chamou para ser”.
Especialista analisa
O presidente e CEO da Alliance Defending Freedom (ADF) – (Aliança de Defesa da Liberdade) – Michael Farris, falou sobre o atual estado de liberdade religiosa nos EUA e em outros países do mundo, revelando que muitos indivíduos, especialmente cristãos, estão lutando contra a incapacidade de expressar suas opiniões em público.
Farris declarou que “o domínio da cultura do cancelamento acha que é bom silenciar as pessoas que discordam” e isso traz sério perigo à liberdade de expressão e liberdade de religião da América.
Ele continuou dizendo que a geração atual está “em um clima” onde opiniões diversas não podem ser toleradas e a pressão é colocada para que o ponto de vista predominante seja seguido, explicando como o “imperialismo da cultura do cancelamento” não está apenas se apossando da América, mas também de outros setores do mundo.
Liberdade religiosa
Conhecido por seus trabalhos como educador, defensor público e comunicador, Ferris também citou um episódio ocorrido na Índia. Ele narrou que conheceu um jovem na Índia há algumas semanas que foi agredido pela polícia e acusado de “um crime de conversão forçada” porque ele estava orando pela cura de seu tio e ele estava fazendo isso em voz alta na varanda de um apartamento.
Segundo a organização Alliance Defending Freedom (ADF) a maior ameaça à liberdade religiosa da América é a “cultura do cancelamento” que exige silenciar aqueles que discordam, e acreditam que isso é a coisa certa a se fazer.
Embora ele realmente acredite que isso está acontecendo sem o apoio da maioria, para reverter a “tendência da intolerância”, é preciso despertar essa maioria para a realidade.
*De Victor Rodrigues com informações de Christianity Today, Christianity Daily e Acep.