O país está mergulhado em problemas sociopolíticos devido à guerra que dura 12 anos; os seguidores de Jesus ainda enfrentam perseguição religiosa
Por Patricia Scott
A Síria completou, nesta segunda-feira (17), 77 anos de independência. O país era uma colônia francesa até 1946. Atualmente, o país ocupa a 12ª posição na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2023. Isto significa que é uma das regiões mais perigosas para um cristão viver.
Há 12 anos, a Síria enfrenta uma guerra civil, o que levou à morte milhares de pessoas, além desgastar profundamente o país. Dentro desse contexto, fica claro que a independência não representou a resolução dos problemas do país, especialmente para os cristãos locais.
Há mais de uma década, a crise sociopolítica assola a Síria que, entre fevereiro e março de 2023, foi abalada por terremotos de grandes magnitudes. Mais de 50 mil pessoas morreram, e outras milhares ficaram desabrigadas ou desalojadas.
Assim como Jacó
Mesmo diante dos terremotos e crises na Síria, Ibrahim (pseudônimo), um líder local que trabalha nos Centros de Esperança, destaca três lições espirituais. Ao ler Gênesis 42, ele percebeu que Jacó se sentiu exatamente como os sírios: abandonado, inseguro e castigado.
A possibilidade de perder mais um filho, além de José, representava não ter mais a última lembrança da esposa, Raquel. “A Bíblia diz que todas as coisas cooperam para nosso bem. Falando honestamente, não conseguimos ver bem algum no que está acontecendo [na Síria]. Não conseguimos ver o bem nas centenas de cristãos que estão fugindo do nosso país”, ressalta Ibrahim.
É difícil manter a esperança em meio à perseguição religiosa, ataques a igrejas históricas, escolas cristãs questionadas. Segundo Portas Abertas, tanto autoridades quanto extremistas, especialmente nas áreas que o Estado Islâmico ainda controla, enxergam os cristãos como cidadãos de segunda classe.
Ao final de Gênesis, José reconhece que todo o mal que viveu se tornou em bem pelas mãos do Senhor. Do mesmo modo, o grupo de estudos de Ibrahim também concluiu que Deus não os abandonou apesar de não compreenderem o agir de Dele no presente.
“Talvez não possamos entender como Deus está trabalhando em nossa história. Mas tenho certeza de que, assim como Jacó, os cristãos sírios enxergarão que tudo que Deus faz é para a Sua glória e para a edificação da Sua igreja. Não temos escolha a não ser estarmos armados de esperança, pois o Deus que abençoou e salvou a família de Jacó da fome, também abençoará os seus filhos no Oriente Médio.”
Vale destacar que os Centros de Esperança oferecem cobertores, alimentos, orientação bíblica e cuidados pós-trauma para reconstrução das igrejas e da comunidade cristã na Síria. Para ajudar Portas Abertas nesse trabalho, acesse o link.
Com informações Portas Abertas