Zhou Jinxia já tentou apresentar Jesus ao líder comunista por mais de 50 vezes e, algumas vezes, foi acusada de “causar problemas”
Por Patricia Scott
Na China, após tentar pregar o Evangelho ao presidente Xi Jinping e sua esposa Peng Liyuan, em fevereiro, uma cristã foi detida pelas autoridades chinesas. Não foi a primeira vez que a evangelista, moradora de Dalian, insiste em apresentar Jesus ao líder comunista. Vale lembrar que o país aparece na 17ª colocação na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2022, de Portas Abertas.
Zhou Jinxia foi até a Sede Central do Partido Comunista Chinês e do Conselho de Estado da China em Pequim, em 20 de fevereiro, com o intuito de evangelizar Xi Jinping, segundo o International Christian Concern. Ela segurava um cartaz, que pedia ao presidente chinês que acreditasse em Jesus Cristo. No dia seguinte, 21 de fevereiro, Zhou Jinxia foi presa pela polícia. A acusação era de “provocar brigas e causar problemas”.
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Por mais de 50 vezes, a cristã já tentou levar as Boas Novas a Xi Jinping, de acordo com a China Aid. Anteriormente, ela já havia sido detida pelas autoridades chinesas por “atividades de evangelismo”, que acontecem, geralmente, em março. Zhou Jinxia, em março de 2015, ficou detida por 10 dias. Em março de 2016 e de 2018, ela também foi presa sob a mesma acusação.
Anualmente, em março, Pequim promove o evento “Duas sessões”, do Partido Comunista Chinês. Os delegados de todo o país participam de sessões do Congresso Nacional do Povo e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês. Para que não ocorram incidentes, durante esse período, o governo intensifica a repressão contra a sociedade civil.
Zhou se mudou para a vila Xiaobailou, em Pequim, em 2020. Ela é envolvida ativamente na igreja, como também nas ações evangelizadoras. No passado, ela foi expulsa da vila pelas autoridades locais e ainda teve objetos confiscados. Zhou Jinxia já teve a própria casa demolida pelo governo chinês.