“Clamamos para que a equidade, a não discriminação e a tolerância religiosa sejam pilares da nova gestão”
Por Patricia Scott
A Índia está em pleno processo eleitoral, que é o mais extenso do mundo. O pleito teve início no dia 19 de abril. No entanto, só deve ser finalizado em 1º de junho. Segundo Portas Abertas, o período, que costuma envolver certa tensão, se tornou ainda mais crítico com movimentos de apoio ao avanço das leis anticonversão e aos discursos anticristãos.
Cabe destacar que a Índia ocupa a 11ª posição na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2024, da Portas Abetas. “Oramos para que as pessoas não se deixem levar pelos discursos exaltados, mas votem com sabedoria, em busca do que for melhor para a nação. E clamamos para que a equidade, a não discriminação e a tolerância religiosa sejam pilares da nova gestão”, compartilhou uma parceira local instituição missionária.
Nos últimos dias, a perseguição aos cristãos teve um aumento significativo na Índia, conforme informações da instituição missionária. Incidentes envolvendo violência física, prisões arbitrárias, ou seja, sem direito a julgamento adequado ou baseado em falsas evidências, além de ataques a instituições cristãs foram reportados em várias partes do país.
Uma das vítimas da violência foi o pastor Ravi (pseudônimo). Ele, junto com outros cristãos, sofreu um ataque brutal. Depois, eles foram presos durante um mês sob falsa acusação de conversão religiosa forçada.
Em liberdade, o pastor Ravi está sendo vigiado. “No entanto, ele continua o trabalho de visitas pastorais para encorajar os cristãos locais e também orar por eles”, afirmou Portas Abertas.
No vilarejo do líder religioso, pelo menos 152 cristãos estão sob pressão para deixarem a fé em Jesus e voltarem ao hinduísmo. “Os radicais também ameaçaram cortar a água e a energia elétrica dos cristãos, caso não saiam do vilarejo onde vivem atualmente”, relatou Portas Abertas.