Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, 1.230 encomendas do Novo Testamento foram realizadas a “Judeus por Jesus”
Por Patricia Scott
O número de encomendas do Novo Testamento entre israelenses aumentou desde que a guerra contra o grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro de 2023. A informação é da instituição “Judeus por Jesus”, ligada ao movimento judaico messiânico.
Desde o início do conflito, 1.230 encomendas do Novo Testamento foram realizadas a “Judeus por Jesus”. Segundo o diretor-executivo da organização, Aaron Abramson, uma possível razão para o aumento de pedidos é que os israelenses parecem ter muitos questionamentos, inclusive espirituais.
Além disso, “há uma espécie de desesperança. Israel se orgulha de sua capacidade de se defender, então o dia 7 de outubro foi um verdadeiro golpe para as pessoas: ‘Bem, para onde vamos a partir daqui?'”. Dentro desse contexto, ele argumentou: “Então, se você não pode confiar em talvez, digamos, uma solução política, você não pode confiar em uma solução militar, ou se você não pode confiar em uma solução econômica, então onde você coloca sua confiança?”.
Abramson considera que, devido a essas questões, “muitas pessoas estão começando a se aprofundar nos assuntos espirituais”. Ele revelou que muitos funcionários da organização em Israel têm esposas, maridos ou filhos nas forças armadas israelenses.
Cabe destacar também que a “Judeus por Jesus” tem como foco ajudar o povo judeu a continuar vivendo sua fé, enquanto acredita em Cristo, o Filho de Deus. Assim, organização permite que os judeus acessem o Novo Testamento, gratuitamente a partir de seu site e dos sites de parceiros ministeriais, “One for Israel” ou “Tree of Life Ministries”.
Ajuda social
Depois da guerra, a organização, em parceria com grupos como a Samaritan’s Purse, decidiu apoiar as vítimas. Desse modo, ajudam os residentes a se mudarem depois que o Hamas devastou comunidades.
Além disso, o “Judeus por Jesus” transformou o Centro Moishe Roshen, em Tel Aviv, em um local que fornece recursos às pessoas afetadas como, por exemplo, alimentos, produtos de higiene pessoal, medicamentos e salas de aula improvisadas para que as crianças das comunidades possam continuar a frequentar a escola.
Abramson compartilhou ainda que uma galeria de arte foi montada para ajudar as pessoas a se expressarem e organizou churrascos para unidades militares. “Então, para nós, a questão era realmente como podemos criar espaço para as pessoas enfrentarem questões mais profundas e como podemos atender a essas necessidades espirituais, bem como atender a algumas dessas necessidades emocionais e físicas?” disse Abramson.
Evangelização entre os judeus
Sobre compartilhar o Evangelho com os judeus, Abramson explicou que não existe uma “abordagem única para todos”. Por exemplo, “um judeu secular pode ter dúvidas sobre a existência de Deus e a conversa pode tomar um rumo diferente em comparação com uma discussão com um judeu ortodoxo”.
Ele pontuou ainda que não sente medo e que o povo judeu é como todo mundo. Isso significa que “você pode conversar e trazer coisas à tona. Tente ter uma ideia, eles querem interagir sobre isso? Você sempre pode jogar uma semente”.
Para concluir, Abramson disse que “há momentos em que Deus pode inspirar você a ser ousado e dizer: ‘Ei, só quero lhe dizer, não sei se você já considerou isso’ e as pessoas virão à fé dessa maneira”. Com informações The Christian Post