Os restos mortais da missionária suíça Beatrice Stöckli, que foi sequestrada e morta por um grupo islâmico terrorista em outubro do ano passado, foi encontrado no Mali, na África, onde foi assassinada
O corpo da missionária suíça, Beatrice Stöckli, que foi assassinada por um grupo islâmico no Mali, África, em outubro do ano passado, foi encontrado. O comunicado foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores do país.
A constatação de que os restos mortais pertencia à missionária foi feita após um teste de DNA, que foi entregue ao governo do Mali pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, para repatriação à Suíça.
- Missionária suíça é executada por extremistas em Mali
- Cristã ex-muçulmana do Mali tem resistido firme na fé
O Conselheiro Federal da Suíça, Ignazio Cassis, lamentou a confirmação do assassinato da missionária. “Infelizmente agora temos evidência definitiva de que a mulher que foi mantida refém está morta. Mas também estou aliviado por podermos devolver os restos mortais da mulher para sua família e gostaria de transmitir minhas mais profundas condolências a eles”, disse.
O sequestro
A missionária foi sequestrada em 2016 pela organização terrorista islâmica Jama’at Nasr al-Islam wal Muslim (JNIM). Em 2020 foi assassinada pelos sequestradores, conforme relato de outra refém, Sophie Pétronin, uma voluntária francesa de 75 anos, que foi libertada em 2020.
Beatrice Stöckli foi pela primeira vez a Timbuktu, Mali, com o grupo missionário com sede na Alemanha, o Neues Leben Gana (Nova Vida Gana), liderado pelo pastor Jörn André. Poucos anos depois, decidiu trabalhar sozinha ensinando crianças a ler e escrever, usando contos de fadas e histórias infantis e as passagens do Alcorão que falam de Jesus.
Ela foi sequestrada pela primeira vez em abril de 2012 pelo grupo jihadista Ansar Dine. Um líder da mesquita vizinha a denunciou como missionária, de modo que os extremistas a arrastaram para o deserto, onde Stöckli foi torturada e ameaçada de assassinato pela primeira vez, para forçá-la a negar Jesus e se converter ao Islã.
Após nove dias de cativeiro foi libertada, devido à mediação do governo de Burkina Faso. Stöckli decidiu regressar a Timbuktu, para continuar com o seu trabalho missionário, apesar das ameaças.
Sequestro seguido de morte
Segundo informou a Agence France-Presse, em janeiro de 2016, “homens armados bateram em sua porta, ela abriu e eles saíram com ela”. Ela foi sequestrada novamente, junto com os reféns da França, Itália e Mali recentemente libertados.
Durante os quatro anos em que foi sequestrada, Stöckli apareceu em vários vídeos apelando a seu governo por sua libertação e pela libertação de combatentes jihadistas da AQMI presos em Mali. Relato dos reféns libertados que estavam com ela, os extremistas arrastaram a missionária para uma cavidade de cascalho no deserto de pedra e a mataram.
*Com informações de Christina Today e Swissinfo