Mesmo sem aulas por conta do coronavírus, um grupo de estudantes do Colégio Adventista em Maceió (AL) foi à escola para produzir quase 3 mil embalagens de álcool em gel, que serão distribuídos para os idosos
Solidariedade em meio a onda de coronavírus! Mesmo com a suspensão das aulas, um grupo de alunos do Colégio Adventista de Maceió (AL) estão indo à escola pra uma atitude diferente. Eles passam um período do dia no laboratório, produzindo álcool em gel 70%.
A produção tem a supervisão dos professores Paulo Mendes e Stephano Sousa, responsáveis pelas aulas de Biologia e Química.
O álcool em gel utilizado pela escola foi produzido pelos estudantes. Além disso, está programada uma entrega de ao menos mil embalagens de álcool em gel para idosos. Faixa etária que mais sofre com a pandemia do coronavírus (Covid-19).
Produção de álcool
Segundo o professor Mendes, a iniciativa surgiu em sala de aula, após explicação sobre o tema do coronavírus que, na época, ainda não havia chegado ao Brasil. Do debate entre os alunos surgiu a ideia de produzir o álcool em gel 70%.
Os professores de Química e Biologia se uniram para dar a explicação teórica. E nesta semana começaram a produção. “O resultado é muito gratificante. Eles viram que o conteúdo de sala de aula pode ser usado no vida cotidiana para ajudar outras pessoas”, destaca Mendes.
Aprendizado solidário
O laboratório foi transformado em uma pequena linha de produção. Uns trabalham fazendo o gel, outros colocando a etiqueta nas embalagens. E um terceiro grupo tem a responsabilidade de envasar o produto. A estimativa é de que cerca de 3 mil embalagens sejam produzidas. Mil delas serão doadas para três diferentes casas de idosos.
Após participar do primeiro dia de produção do álcool em gel, Samara Ellen, fez questão de voltar à escola nesta quarta (18). “Achei muito boa essa iniciativa, e divertida também. A gente consegue adquirir conhecimento e acaba se divertindo”, destaca.
Com a pandemia do coronavírus, a demanda por álcool em gel 70% cresceu vertiginosamente. Há estabelecimentos em que o estoque já acabou e outros que, com o aumento da procura, subiram os preços.
Assim como em 2016, quando o surto H1N1 popularizou a higienização com álcool em gel 70%, o professor de biologia Paulo Mendes mobilizou o Colégio para comprar os insumos para a produção própria de álcool em gel.
