Nesta época de pandemia, com cenários de incerteza e tristeza por toda parte, o entendimento preciso e a compreensão de forma contextualiza dos propósitos de Deus para a igreja são de importância fundamental
Por Lécio Dornas
Este tempo de pandemia nos tem ensinado que é possível experimentar a “comunhão dos santos”, sem reuniões que impliquem em aglomerações naturalmente arriscadas. Embora abraçar, apertar as mãos, sentar ao redor da mesa e participar de grandes eventos, sejam práticas maravilhosas, especialmente para a cultura latina, a grande verdade é que nenhuma delas é imprescindível para a verdadeira comunhão.
Por não compreenderem isso muitas igrejas apoiam e até promovem aglomerações e, por via de consequência, colocam as pessoas em risco evidente de contaminação. Além disso, percebe-se reuniões paralelas e fora do ambiente eclesiástico, como festas de aniversário, encontros de confraternização etc, com o argumento de estarem alimentando a comunhão e o relacionamento entre as pessoas. Por outro lado, temos visto, graças a Deus e à inteligência dos irmãos em Cristo, a comunhão sendo vivenciada e testemunhada, através de ações como:
1. Oração por telefone
Ligar, conversar, ler um texto bíblico e orar com um irmão em Cristo“, pode ser importante e é revelador de interesse e cuidado. Eu só amo as pessoas por quem eu oro. “Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5:16).
2. Gestos de cuidado
Deixar um sanduíche, um bolo ou uma cesta de guloseimas; ou mesmo flores e um gift card na porta de um irmão em Cristo, com um cartão contendo uma mensagem de encorajamento. Fazer o bem através destes gestos de cuidado revela a existência de
3. Mensagens que edificam
Usar seu text message ou seu WhatsApp para compartilhar breves mensagens de fé e edificação; pode um trecho do sermão de Domingo ou um parágrafo de um bom livro. Sem seguido de una palavra pessoal que mostre à pessoa que recebe o quanto é importante, também destaca a existência de comunhão autêntica. “Confortai-vos e edificai-vos uns aos outros.” (1Ts 5,11).
4. Drive-through do amor
Passar com o seu carro, sozinho ou com outros irmãos em seus carros, em frente à casa e acenar para um irmão que aniversaria ou que teve alta do hospital; também de uma irmã que deu à luz etc. Aqui temos mais uma forma de dizer: “somos um!” ou “Estamos juntos”. “e consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras.” (Hb 10:24).
Estes são alguns exemplos de como a igreja pode praticar comunhão sem aglomeração. Nesta época de pandemia, com cenários de incerteza e tristeza por toda parte, o entendimento preciso e a compreensão de forma contextualiza dos propósitos eternos de Deus para a igreja são de importância fundamental.
Outra coisa importante é o entendimento correto sobre o que significa ser a igreja uma instituição que representa um serviço essencial para a sociedade. Entendemos que, para prestar este serviço, a igreja, caso ofereça cultos presenciais, deve zelar pelo protocolo de segurança, primando pelo distanciamento social e uso de máscaras e álcool gela, evitando qualquer tipo de aglomeração. Que o Senhor nos ajude a passar por este tempo sendo igreja na vida uns dos outros!
Lécio Dornas é teólogo, educador, autor e pastor da Igreja da Família em Orlando, Florida – EUA