Contar com uma rede de apoio é tão importante quanto liberar o perdão para si mesmo e o outro
Por Patricia Scott
Os rompimentos são sempre difíceis e podem gerar luto. Dentro desse processo, há uma ampla gama de emoções, como vergonha, rejeição, culpa, raiva, decepção, frustração, fracasso e tristeza. Para complicar, a situação pode envolver questões desafiadoras, como trabalho e até finanças e filhos.
No entanto, o luto precisa possuir “prazo de validade”, para que a caminhada prossiga. Desse modo, recuperar-se do fim do relacionamento é fundamental, mas pode ser doloroso. Por isso, é importante focar nas possibilidades de autoconhecimento, que proporcionam crescimento e amadurecimento.
Assim, é possível passar por essa complicada fase de forma menos traumática. Lembre-se que o relacionamento mais importante de sua vida é com o Senhor, o único que nunca falhar. É importante perceber ainda que o seu valor é definido pelo amor eterno do Pai por você, não por um relacionamento com outra pessoa. O namoro acabou, mas Deus ainda ama você de todo coração (Romanos 8.38-39). Encontre a verdadeira identidade no amor, que há em Cristo Jesus. Não se isole e perdoe a si mesmo e ao outro com a ajuda do Espirito Santo.
Veja, abaixo, algumas dicas do psicólogo Filipe Colombini:
1 – Cuide de você mesmo: Quando alguém está imerso em sentimentos de dor e desespero, não pensa com clareza e deixa de priorizar o bem-estar. Mas é neste momento que é ainda mais importante cuidar de si mesmo. Afinal, rompimentos podem causar insônia e comprometer o sistema imunológico. “É altamente recomendável que a pessoa mantenha sua rotina de exercícios, durma bem, faça uma dieta saudável e tenha uma vida social com boas conexões”, enfatiza Colombini.
2 – Cerque-se de pessoas que você ama: Contar com uma rede de apoio é fundamental após o término de uma relação. “É difícil se reconstruir na solidão e vale a pena contar com o apoio de amigos e familiares, que vão acolher a ajudar sem julgamentos”, diz o especialista. “Isso faz com que o término não tenha um peso tão grande e que a pessoa enfrente esse período de luto com menos sofrimento”, pontua o especialista.
3 – Faça um diário: “Escrever os pensamentos e sentimentos em um diário é uma excelente prática terapêutica. Permite que aquele que escreve libere suas emoções, ganhe clareza e reflita sobre suas experiências, o que pode ajudar a processar melhor o fim do relacionamento”, afirma o psicólogo.
4 – Evite manter contato com o ex: Minimizar ou interromper o contato com o ex-namorado é fundamental para criar distância emocional e permitir espaço para cura. “O contato contínuo pode prolongar o apego, tornando mais difícil seguir em frente e encontrar um encerramento para a história”, ressalta Colombini.
5 – Procure terapia: Ter a ajuda de um psicólogo na fase pós término pode ser de grande valia, já que o profissional ajuda a pessoa a lidar com os sentimentos dolorosos do fim do relacionamento, mas não só: também auxilia no entendimento dos motivadores do término da relação e o que se pode fazer com eles (uma vez que um novo relacionamento terá início em algum momento da vida). “Se o casal tiver filhos, a terapia também é muito importante para eles, afinal, sentimentos de abandono e confusão podem surgir com a separação dos pais”, diz Colombini.