Dicas práticas para pais cristãos garantirem que seus filhos naveguem nas redes sociais com segurança, responsabilidade e equilíbrio
Por Patrícia Esteves
As redes sociais estão presentes em praticamente todos os aspectos da vida moderna, inclusive na infância e adolescência. Como proteger os filhos do uso excessivo e dos riscos que elas oferecem? Para a psicóloga Marisa Lobo, autora de várias obras sobre comportamento digital e questões familiares, a resposta passa por instruir, dialogar e definir limites claros.
“É crucial que a gente ensine nossos filhos sobre o funcionamento das redes sociais e os riscos envolvidos, como questões de privacidade e segurança”, destaca Marisa. Segundo ela, a educação digital é o primeiro passo para que os jovens estejam melhor preparados para lidar com situações desafiadoras no ambiente virtual. A psicóloga reforça que, quanto mais informadas as crianças estiverem, mais protegidas estarão contra influências negativas.
A importância de limitar o tempo de uso
Um ponto essencial destacado pela psicóloga é o controle do tempo de exposição às redes. “Definir o tempo máximo que a criança pode passar nas redes diariamente é uma maneira prática de evitar o uso excessivo e potencialmente prejudicial”, explica Marisa. Ela sugere que os pais façam uso de ferramentas de controle de tempo, disponíveis em celulares e computadores, para ajudar a administrar a rotina digital das crianças.
O excesso de tempo online pode prejudicar o desenvolvimento social, emocional e até físico dos jovens. Atividades fora das telas, como esportes, hobbies e encontros com amigos e familiares, são essenciais para o crescimento saudável. A psicóloga ressalta: “Encorajo sempre a participação dos jovens em atividades fora das telas para equilibrar o uso das redes, como esportes ou hobbies, que são excelentes para o desenvolvimento saudável”, diz.
Monitorar e orientar
Para proteger as crianças de interações inapropriadas e de conteúdos inadequados, Marisa Lobo recomenda que os pais utilizem aplicativos de controle parental. “Utilizar esses recursos nos permite saber com quem eles estão interagindo e garantir que o conteúdo seja adequado para a idade”, explica. Com esses controles, os pais podem ficar atentos ao que os filhos consomem online, identificando conteúdos que possam ser prejudiciais ou até perigosos.
Mas a psicóloga reforça que a tecnologia, sozinha, não substitui o acompanhamento presencial e o diálogo aberto. “Incentivo os pais a conversarem regularmente com seus filhos sobre o que eles veem online e a criarem um ambiente seguro para que suas crianças compartilhem preocupações ou experiências desconfortáveis”, ensina ela. A comunicação constante, segundo Marisa, é a chave para que os jovens não se sintam sozinhos e saibam que podem contar com o apoio dos pais diante de qualquer dificuldade.
Definindo regras claras
Outro aspecto importante para a segurança online é estabelecer regras específicas para o uso das redes sociais. Marisa explica que, além de limitar o tempo e monitorar os conteúdos, os pais devem instruir as crianças sobre questões como privacidade e respeito nas interações: “Incluir orientações sobre não compartilhar informações pessoais e ser educado nas interações ajuda a criar um comportamento seguro e responsável online”.
Ela sugere que essas regras sejam discutidas em família, de modo que os filhos compreendam a importância de cada uma e se sintam encorajados a seguir essas diretrizes. Além disso, é fundamental que os pais sejam exemplos para os filhos. “Nossas ações nas redes sociais ensinam mais do que palavras. Ao sermos críticos e respeitosos online, mostramos na prática como nossas crianças devem agir,” afirma Marisa.
Segurança: senhas e alerta contra riscos
Marisa Lobo também lembra que segurança online vai além do comportamento nas redes. A psicóloga aconselha que os pais ensinem os filhos sobre a importância de criar senhas fortes e de nunca compartilhá-las, nem mesmo com amigos próximos. Ela ainda alerta sobre tendências e desafios perigosos que podem surgir na internet, orientando que os pais conversem abertamente sobre os riscos.
Essas dicas não apenas ajudam a proteger os jovens, mas os preparam para uma vida digital equilibrada e responsável. “Essas estratégias não apenas protegem os filhos, mas também os educam para serem adultos responsáveis no mundo digital”, finaliza, ela em seu artigo publicado no periódico GospelMais.