Aprenda como apoiar familiares e amigos em momentos de dificuldades e crises emocionais com empatia e sabedoria
Por Patrícia Esteves
Compreender como agir diante de alguém que enfrenta problemas emocionais é essencial, tanto para oferecer apoio quanto para evitar atitudes que possam agravar a situação. Você sabe como ajudar de forma eficaz? O que fazer, ou não, quando alguém busca apoio? Estamos no momento reflexivo chamado de Janeiro Branco, que traz à tona em sua campanha a importância da saúde mental, incentivando reflexões e ações em prol do bem-estar emocional.
A psicóloga Eucyr Sônia Ribeiro Pedro, membro da Primeira Igreja Batista da Praia da Costa, em Vila Velha/ES, destaca que o primeiro passo é respeitar a fragilidade de quem está passando pela dificuldade, por exemplo, deprimido. “A pessoa deprimida precisa ser ouvida sem julgamento ou aconselhamentos. Ela precisa apenas ser ouvida e sentir que é importante no espaço familiar e para aquele familiar”, explica Eucyr. Essa escuta acolhedora é um pilar fundamental no suporte emocional.
É importante lembrar que oferecer compreensão e ajuda prática pode fazer uma diferença significativa. Muitas vezes, as pessoas deprimidas enfrentam dificuldades em realizar as tarefas diárias, e o apoio em pequenas atividades pode aliviar a carga emocional. “Ela precisa receber compreensão e ajuda naquilo em que se sente incapacitada pela doença”, reforça a psicóloga.
Aeronave colidiu em árvore antes de atingir ônibus em São Paulo - Polícia Científica e Cenipa apuram razões do acidente Incentivar a busca por ajuda profissional é outro ponto essencial. A campanha Janeiro Branco reforça que procurar um psicólogo ou psiquiatra é uma atitude de autocuidado, e não de fraqueza. “A pessoa doente precisa saber que procurar ajuda profissional não é um sinal de fraqueza, ao contrário, é um passo importante para cuidar de si mesma e melhorar a qualidade da própria vida”, afirma Eucyr.
Por outro lado, é crucial evitar frases que possam desvalorizar os sentimentos da pessoa, como “isso é frescura” ou “é falta de Deus”. Comentários desse tipo podem ser extremamente prejudiciais. Como ensina a Bíblia em Provérbios 15:1: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. Assim, o apoio deve ser sempre marcado por empatia e compreensão, nunca julgamento.
A presença física e emocional também é fundamental, de acordo com a psicóloga. Oferecer-se para acompanhar a pessoa em consultas médicas ou estar disponível para conversas pode transmitir segurança e apoio, elementos chave para quem enfrenta problemas de saúde mental.
Neste Janeiro Branco, as famílias e as comunidades cristãs são chamadas a serem fontes de amor, apoio e encorajamento. Ao agir com sabedoria e compaixão, os amigos e familiares não apenas contribuem para a recuperação emocional, mas também fortalecem os laços de solidariedade e cuidado, refletindo os ensinamentos cristãos de amor ao próximo. A diferença é que a recuperação e o restabelecimento da saúde podem acontecer de maneira bem mais eficaz se você estiver pronto e bem-informado para agir. E não relute se você for quem precisa de ajuda, fale com uma pessoa próxima!
