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sábado, 8 DE fevereiro DE 2025

Como a síndrome de burnout atinge os líderes eclesiásticos?

O pastor Pedro Nóia afirmou que burnout é uma síndrome silenciosa e muitos pastores não percebem os sintomas - Foto: Victor Leonel/Next Editorial

Pastor Pedro Nóia afirmou que, no meio cristão, ainda é um tabu que líderes religiosos busquem ajuda para tratar enfermidades relacionadas à saúde mental

Por Michelli de Souza

Pesquisa recente norte-americana mostrou que um em cada três pastores sofrem com esgotamento em função de sua atividade eclesiástica. De acordo com o pastor presidente da Comunidade Batista Cristã (ComBC), Pedro Nóia, esse cenário é comum na comunidade evangélica, que apresenta muitos casos de líderes diagnosticados com a síndrome de burnout, uma doença ocupacional. Em entrevista exclusiva à Comunhão, ele relatou como esse esgotamento se manifesta no contexto eclesiástico.

“O problema maior da síndrome de burnout é que ela é silenciosa e os seus sintomas são muito sutis. Raramente você já chega no grau de estar sentindo dores, como dor de cabeça ou problemas intestinais. Ela vai se manifestando devagar. E a pessoa que está ali no seu trabalho, ela não para e vai averiguar o que está acontecendo”, declarou o pastor.

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Nóia destacou que geralmente os pastores apresentam maiores dificuldades de tratar a síndrome porque se isolam, devido ao tabu que ainda existe no meio cristão em procurar tratamento ou até mesmo auxílio de colegas de ministério no caso de doenças relacionadas à saúde mental. “O pastor tem dificuldade de buscar ajuda por conta de seu próprio posto diante das suas ovelhas”.

Sobre esse contexto, Pedro Nóia acrescentou que por muito tempo as enfermidades mentais estiveram relacionadas a possessões malignas, de forma que está no imaginário coletivo da Igreja que o líder sofrer mentalmente significa fraqueza espiritual. 

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Para Nóia, a liderança que passa por essa situação deve procurar ter amigos de verdade com quem possa contar, a fim de desabafar sem ser julgado. “Falta uma rede de pastores que possa ouvir. Conselheiros, a gente vai encontrar um monte na internet; cursos, um monte. Mas rede de apoio de pastores que queiram ouvir os seus pares, sem acusar, sem nem mesmo aconselhar, mas apenas ouvir, é o que está faltando na vida ministerial dos pastores”.

Assista à entrevista completa com o pastor Pedro Nóia!

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