Em tempos de pandemia, a família deve estar ainda mais unida. Através do culto doméstico, os pais devem transmitir esperança para os filhos
Muitas das crises chegam sem pedir permissão, surpreendem, e mudam a rotina com a qual estávamos acostumados. Como a necessidade de enfrentar um vírus até pouco tempo desconhecido, gera mudanças inesperadas na rotina diária. Em tempos de pandemia, como organizar a vida familiar?
“Não precisamos parar 15 dias para saber que a convivência não vai ser fácil. As responsabilidades de cuidado que antes eram distribuídas entre a escola, as atividades extras, a igreja, agora estão novamente sob os cuidados dos pais. Que devem planejar como enfrentar o confinamento, conciliando o trabalho, a casa e o cuidado dos filhos”, explicou a psicopedagoga adventista Cuca Lapalma.
É o papel dos pais
Segundo Cuca, a família precisa estar unida. E os pais devem conversar, conhecer e saber quais os pontos fracos e fortes dos filhos. Isso equivaleria a o que ela chama de comitê familiar de crise.
Os pais precisam explicar para os filhos, de uma maneira que entendam, o que está acontecendo no mundo e como o impacto desse coronavírus vai modificar a rotina em casa. “As crises nos fazem agir de maneira diferente da “normalidade. E isso vai exigir uma boa disposição de cada integrante do time”, explicou.
Informação e segurança
Com tanta informação circulando por aí, é preciso filtrar para não provocar ansiedade ou medos desnecessários nas crianças. Afinal, eles precisam saber tudo sobre a pandemia. A psicopedagoga reforça que nesse “comitê familiar de crise”, é necessário pensar juntos sobre como enfrentá-lo.
“Explique por que é preciso ficar em casa e quais medidas de precaução serão tomadas: por exemplo, reforçar a lavagem das mãos, qual é a melhor forma de espirrar ou tossir, cuidar com aspectos relacionados ao descanso, exercício físico, alimentação saudável, etc”, informa.
Transmita esperança
As situações de crise ajudam a dar valor real às coisas e às pessoas. Os pais cristãos têm a vantagem de contar com as promessas bíblicas de proteção e cuidado. É por isso que precisamos transmitir essa esperança aos filhos. A começar pelo culto doméstico.
“Ensine promessas bíblicas que possam ser repetidas em momentos de necessidade, orem pelas pessoas que estão expostas ao contágio desse vírus, como médicos, enfermeiros, idosos, etc. E, acima de tudo, desfrute a companhia de seus filhos em casa. É um privilégio que, devido à vida acelerada que levamos, raramente desfrutamos”, explica Cuca.