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quarta-feira, 27 março 2024

“Escolhi esperar” para combater gravidez na adolescência

Foto: Reprodução

Governo quer estimular o “Escolhi esperar” para conscientizar sobre sexo precoce e combater a gravidez na adolescência

O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos estuda criar um programa que estimule jovens a não fazer sexo ou a adiar o início da vida sexual. A estratégia desse programa é uma tentativa de prevenir a gravidez na adolescência e as doenças sexualmente transmissíveis.

A estratégia da pasta de Damares Alves foi divulgada pela secretária nacional de família, Angela Gandra Martins, em entrevista à Folha de S.Paulo. O ministério avalia atualmente modelos de políticas de “Escolhi esperar, de retardar a relação sexual”.

"Escolhi esperar" para combater gravidez na adolescência
Angela Gandra Martins, secretária da Família do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos. Foto: Pedro Ladeira/ Folha Express

A ideia, segundo Angela, é criar um programa para conscientizar jovens sobre o que é uma relação sexual e sobre suas consequências.

Questionada se a proposta também deve estimular a oferta e uso de preservativos, ela afirma que a pasta estuda uma “nova visão” e “outro caminho” para o combate à gravidez na adolescência.

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Em nota, o ministério afirma que a política do uso de contraceptivos está a cargo do Ministério da Saúde e que o modelo será complementar.

Diz ainda que “os contraceptivos não apresentam 100% de eficácia”. A maioria dos métodos mais conhecidos de prevenção, porém, têm eficácia que chega a 99%, se seguidas as recomendações de uso.

Eu escolhi Esperar

A proposta do governo é semelhante à defendida por movimentos como o “Eu Escolhi Esperar”, que defende que jovens cristãos esperem o casamento para terem relações sexuais. O fundador do movimento, o pastor Nelson Neto Jr.

“Nosso desejo é que a preservação sexual seja incluída como um método contraceptivo no Brasil, no que diz respeito ao alto índice da gravidez precoce e da infecção sexualmente transmissível. Queremos garantir que o adolescente tenha direito de escolha. Embora existam políticas públicas que oferecem outros métodos. Mas o que desejamos é que a preservação sexual seja incluída no debate”, explicou o pastor.

O pastor foi um dos convidados de um seminário promovido pela pasta em dezembro na Câmara dos Deputados, com foco na prevenção à vida sexual precoce e gravidez na adolescência.

Reunião para discutir o tema está marcada para a próxima semana. Além da pasta da família, a proposta, classificada oficialmente como “iniciação sexual tardia”, é discutida também pela secretaria da criança e adolescente. Não há previsão do valor a ser investido.

Gravidez na adolescência

A gravidez de meninas com menos de 18 anos no Brasil provoca um prejuízo de bilhão de reais por ano. Dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2017, ano dos últimos dados consolidados, houve 480.925 nascimentos de bebês com mães entre 10 e 19 anos, o equivalente a 16% dos nascidos vivos.

Apesar de alto, o número de gravidez na adolescência tem tido queda nos últimos anos. Entre 2000 e 2017, a redução foi de 36%. A secretária nacional da família, defende a proposta de novos modelos.

“O que queremos é conscientizar. Os filhos estão iniciando relações com 12 anos, e pode engravidar, ir a baile funk, ou ter relações com vários ao mesmo tempo. Vamos falar, ter informações sobre isso e conscientizar a pessoa.  Não é chegar: aqui tem camisinha, anticoncepcionais, vão em frente. Se quiser, pode até usar, mas que saiba qual a consequência. Estamos questionando a relação humana”, afirma.

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