Hoje, (18) ‘Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo’, o doutor e pastor José Francisco Veloso chama atenção para uma realidade que a igreja deve combater
O Brasil está entre os 10 países que mais consomem álcool no mundo. Problemas causados pelo consumo de álcool custaram 7,3% do PIB. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2018, este valor foi de R$ 496,4 bilhões.
Um dos principais problemas de saúde pública do país, o alcoolismo, é tema da campanha da “Semana Nacional de Combate ao Alcoolismo”. Ela acontece entre os dias 18 e 22 de fevereiro. Segundo o Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (INESCO) 15% da população é dependente do álcool.
Ministério da Saúde
De acordo com o ministério da Saúde, diversos fatores podem levar a pessoa à dependência. Entre esses fatores: a predisposição genética, ansiedade, angústia, insegurança, além da facilidade do acesso ao álcool e condições culturais.
No site do ministério, o alcoolismo é classificado como uma “doença crônica, com aspectos comportamentais e socioeconômicos”. Como em outras drogas, caso o alcoólatra fique sem consumir o álcool, surgem sinais e sintomas de abstinência no usuário. Segundo o último Censo divulgado pela Prefeitura de São Paulo, cerca de 33% da população foi parar na rua por conta do uso de drogas, entre elas o álcool.
A Igreja e o Combate ao Alcoolismo
José Francisco Veloso, pastor, psicanalista e doutor em dependência química que atua na área há 45 anos, revela os malefícios causados pela dependência do álcool.
“O álcool é a droga que mais mata no mundo. O efeito do álcool no nosso cérebro, seria o mesmo que o crack. A diferença é a rapidez, é o mesmo efeito. Dá uma sensação da irresponsabilidade, da sensação de uma falsa segurança”, declara o psicanalista.
“No congresso Internacional de Psiquiatria alguns anos atrás em São Paulo (SP), foi definido que o alcoólatra é aquele que quer beber todo o dia, toda a hora, ou final de semana. O nosso organismo não precisa de álcool para viver”, completa.
O pastor também chamou atenção para uma realidade que a igreja deve tratar no dia a dia. “Tenho encontrado vários jovens pastores pelo Brasil a fora em congressos em convenções, que falam que me ouviram quando eles eram adolescentes, eram jovens e a vida deles mudaram por causa da minha maneira de abordar e de falar”, finaliza.
José Francisco chamou atenção para o cuidado que a igreja deve ter em “ensinar a criança no caminho que deve andar”, a exemplo da passagem bíblica de (Provérbios 22:6). Além disso, destacou a importância no ensino contra as drogas, sexualidade saudável, e outros assuntos no ambiente da Igreja.
*Com informações do SP Norte
