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sexta-feira, 29 março 2024

Chuvas devem ficar mais intensas no Sudeste

Chuvas-BH
São esperadas apenas pancadas isoladas para BH nesta quinta-feira. (Foto: Foto: Mariela Guimarães / O Tempo)

As mudanças climáticas são a principal explicação para as chuvas que precisam de três dígitos para serem medidas

A chuva volumosa na Região Sudeste tem se tornado frequente e os meteorologistas dizem que ela tende a ficar ainda mais intensa. Chuvas que estão atingindo o Brasil precisam de três dígitos para serem medidas.

Na última terça-feira (28), em Belo Horizonte (MG), o volume chegou a 175 milímetros na Região Centro-Sul. Isso concentrado em apenas três horas. Na Região Oeste, 101 milímetros. E na semana passada, choveu 171 milímetros em 24 horas. Em janeiro, as chuvas que atingiram o Espírito Santo chegaram a 156 milímetros na cidade de Serra (ES).

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É muito difícil se defender dessas chuvas. Uma chuva de 50 milímetros já pode provocar alagamentos, dependendo do lugar. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), quando prevê chuva de 50 milímetros, já alerta a Defesa Civil da região. A história mostra que temporais como esses dos últimos dias estão se tornando cada vez mais frequentes.

“Com maior pavimentação das cidades, o calor que chega do sol é armazenado mais rapidamente. Então, essa temperatura mais elevada é transferida para o ar, que por sua vez faz com que as tempestades ganhem mais força. Então, é essa ilha de calor que tem feito, ou aumentado a intensidade dessas tempestades”, explicou Marcelo Schneider, meteorologista do Inmet.

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meteorologista
Marcelo Schneider, meteorologista do Inmet (Foto: Jornal Nacional / Reprodução)
Mortes em Minas Gerais 

As mortes por causa das chuvas em Minas Gerais subiu para 55, conforme atualização da Defesa Civil estadual divulgada no início da noite desta quarta-feira (29). Até o balanço de meio do dia, eram 53 óbitos. As mortes ocorreram em 19 cidades, a maioria na capital, Belo Horizonte (13).

A maior parte das mortes (42) foi causada por soterramentos, deslizamentos e desabamentos. Nove pessoas foram arrastadas pelas águas e quatro morreram por afogamento. Homem está desaparecido na cidade de Conselheiro Lafaiete. Há 65 pessoas feridas.

Até o momento, 53.309 pessoas foram afetadas pelos estragos. O número de desalojados totalizou 44.929 e o de desabrigados, 8.259. São consideradas desalojadas as pessoas que tiveram de deixar suas casas e se abrigar na casa de parentes e amigos ou buscar outras opções temporárias. Já os desabrigados são  os que estão acomodados provisoriamente em locais públicos improvisados – na maioria dos casos, em escolas ou igrejas.

Ao todo, 137 cidades tiveram a situação de emergência decretada. Ontem o número era de 121. Cinco municípios estão em estado de calamidade pública: Orizânia, Ibirité, Catas Altas, Taparuba e Muriaé. Em Belo Horizonte, as chuvas bateram o recorde de maior temporal da história da capital. Na noite de ontem (28), em três horas, o volume de água chegou a 183 mm.

Medidas

Em entrevista coletiva, o governado Romeu Zema anunciou novas medidas de resposta aos danos causados pela chuva, como o adiantamento de parcelas de repasses financeiros devidos a municípios. Zema acrescentou que o governo federal poderá disponibilizar recursos adicionais aos municípios atingidos.

O Banco do Desenvolvimento de Minas Gerais lançou uma linha de financiamento de capital de giro para atender pequenos e micro empresários. O programa disponibilizará recursos com taxas de 0,83% ao mês e prazo de quitação de até 48 meses.

Equipes da Defesa Civil de São Paulo chegaram a Minas Gerais para auxiliar no apoio às vítimas e combate aos efeitos dos temporais. Técnicos, engenheiros e geólogos do estado vizinho atuarão nos atendimentos na parte técnica e burocrática, ajudando municípios em estado de emergência.

A prefeitura de Belo Horizonte informou que irá dobrar o efetivo de trabalhadores atuando no combate aos efeitos das chuvas. A prioridade, conforme a administração municipal, é a limpeza da capital diante da lama provocada pelos temporais. Parques e equipamentos culturais municipais, como o Jardim Zoológico e o Jardim Botânico, ficarão fechados até domingo (2).

*Da Redação, com informações do Jornal Nacional e Agências


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