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quinta-feira, 28 março 2024

China: líder cristão dribla o governo e realiza cultos on-line

Foto: iStock

O pastor usa um servidor do exterior para contornar a vigilância virtual do PCC. Assim, as autoridades não conseguem informações do usuário

Por Patricia Scott

O líder de uma igreja doméstica em Chengdu, na China, está utilizando a tecnologia para realizar cultos e se comunicar com os membros, driblando, assim, o governo. O pastor Gianni, em entrevista International Christian Concern (ICC), organização cristã que monitora a perseguição no mundo, contou os desafios enfrentados pelos cristãos chineses em meio às crescentes restrições do Partido Comunista.

“Quando as igrejas domésticas são reprimidas, há pelo menos uma conexão básica entre a equipe de liderança e a congregação, ou entre membros. Dessa forma, o grupo não se dispersará completamente se for atingido. Sem internet, a reunião e o vínculo entre os cristãos seriam muito fraco, disperso e em menor escala”, detalhou o líder religioso.

Ele revelou ainda que, a partir da internet, a igreja, que é fortemente perseguida, mantém secretamente os cultos on-line com mais de 500 participantes. O pastor Gianni utiliza um servidor do exterior para driblar a vigilância on-line do PCC. Assim, o governo não consegue obter informações do usuário.

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“Não tenho medo da investigação secreta do governo. Nossa fé é ‘declare com sua boca e creia em seu coração’, testificando publicamente por Ele em nome de Jesus Cristo”, ressaltou Gianni.

O pastor salientou que não é difícil contornar a vigilância comunista na web. “Para monitorar completamente uma pessoa o dia todo, você precisa de uma enorme mão de obra, recursos e tecnologia refinada. Nosso governo é incapaz de fazer isso no momento”.

Vítima de perseguição

Por não se submeter às restrições do governo, o pastor Gianni já foi detido muitas vezes pelas autoridades chinesas. Ele já teve cortadas a eletricidade e a água do apartamento pelas autoridades, sem contar as inúmeras ameaças que sofreu da parte do proprietário da residência.

“Já que não perdi a fé, tentarei continuar vivendo minha vida para fazer o seguinte: compartilhar o Evangelho com as pessoas com liberdade e alegria, receber novos irmãos e irmãs e discipliná-los, e enviar pregadores para plantar igrejas”.

Mesmo diante de uma realidade adversa, o pastor afirma que permanecerá a serviço de Deus e da igreja. “Embora as igrejas domésticas na China tenham sofrido uma tremenda repressão, ela não chegou ao ponto de eu perder minha liberdade ou minha vida estar ameaçada”, salientou Gianni.

Lei chinesa

Desde 1º de março, uma nova lei vigora em território chinês. Pela medida, está proibido a realização de cultos on-line, como também o compartilhamento de qualquer conteúdo religioso na web.

Os encontros on-line de cunho religioso, incluindo uma simples reunião até a ministração da Palavra de Deus são considerados atos “fora da lei”. Então, e passíveis de punição.

Na China, as igrejas domésticas não possuem permissão do governo para funcionar. Por isso, são perseguidas, fechadas ou os líderes são presos. A internet, diante dessa realidade, é a única maneira de manter a igreja viva, como também a comunhão entre os discípulos de Jesus.

Com informações International Christian Concern 

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