“Uma sociedade que perdeu o temor de Deus”. Essa foi uma das constatações do presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), Pastor Luiz Roberto Silvado, sobre o massacre na Igreja Batista, nos Estados Unidos, nesse domingo (5).
Dois dias após a tragédia na qual 26 pessoas foram assassinadas durante um culto da Primeira Igreja Batista em Sutherland Springs, no Estado do Texas, nos Estados Unidos, a Convenção Batista Brasileira (CBB) se pronunciou. A entidade considerou o fato como lamentável, que reflete a falta de segurança no mundo. “É uma onda de violência muito grande que estamos enfrentando. É um mito pensar que nos Estados Unidos não existe violência”, declarou o Pastor Luiz Roberto Silvado, presidente da entidade.
Em conversa com a Comunhão, Silvado afirmou que o episódio de violência tem a ver com a “Intolerância religiosa”. Destacou que a fé cristã é a religião mais perseguida do mundo: “É algo impressionante como a fé tem sido perseguida”.
Ele afirmou, ainda, que a onda de fúria está disseminada em todas as igrejas do mundo, inclusive nas igrejas de denominação católica. A tragédia é um ápice de uma sociedade que não tem temor a Deus: “Hoje, no Brasil, muitas igrejas, por motivo de segurança, preferem fazer seus cultos mais cedo. Outras preferem ficar com as portas fechadas. Houve um tempo em que os templos não precisavam colocar alarmes, nem câmeras”, lembrou.
A Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB) também considerou o massacre como lamentável: “Nós, Batistas brasileiros, e as igrejas estamos tristes pelo ato de violência ocorrido no domingo, na Igreja Batista do Texas, Estados Unidos. Estamos orando por aquelas famílias e, ao mesmo tempo, desejando que atitudes como essa jamais se repita”, declarou o pastor Evaldo Carlos dos Santos, segundo vice-presidente da OPBB.
“Nós, batistas, estamos orando pelas famílias enlutadas no Texas. Tenho certeza que muitas fizeram isso ao redor do mundo e do Brasil. A solidariedade surge em momentos como esse”, concluiu o pastor Roberto Silvado.
Tragédia
O massacre aconteceu no domingo (5), na Primeira Igreja Batista da pequena cidade de Sutherland Springs, no sudeste do Texas, nos Estados Unidos. Ao todo, 26 pessoas morreram e mais 20 ficaram feridas. Entre as vítimas estão a filha do pastor da igreja, de 14 anos, outros adolescentes e uma criança de dois anos. A comunidade tem cerca de 400 habitantes. O atirador, Devin Patrichl Kelley, 26 anos, foi morto após perseguição policial.
Segundo a imprensa americana, Kelley serviu na Força Aérea dos Estados Unidos, mas foi expulso por motivos ainda desconhecidos, em 2014. Em seguida, ele foi professor voluntário de estudos bíblicos e deu aulas para crianças da Primeira Igreja Batista de Kingsville, também no Texas.
A tragédia na igreja do Texas não é um ato isolado. Este é o 35º ataque a tiros desde que Stephen Paddock abriu fogo contra uma multidão em um show em Las Vegas, em 1º de outubro. Na ocasião, 58 pessoas morreram, no pior ataque a tiros da História moderna dos EUA.
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