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quinta-feira, 25 abril 2024

Mulheres! Câncer de mama e o mercado de trabalho

Mulheres enfrentam dificuldade em manter suas atividades de trabalho após o diagnóstico do câncer de mama. Assim, afirma Pesquisadora brasileira!

O dia 8 de março é marcado pela reivindicação feminina para melhores condições de trabalho. Pela questão de gênero, muitas mulheres perdem oportunidades, sofrem com a desigualdade salarial ou não conquistam postos de liderança.

Um estudo recente liderado pela oncologista Luciana Landeiro, do Grupo Oncoclínicas, revelou que mulheres com diagnóstico de câncer de mama, têm menos chances no mercado de trabalho.

A argumentação “Retorno ao trabalho após o diagnóstico do câncer de mama: Estudo prospectivo observacional no Brasil” é resultado da tese de doutorado da médica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O resultado foi publicado na Revista Câncer, publicação cientifica norte-americana e uma das principais revistas internacionais na área de oncologia.

Resultado da Pesquisa

A pesquisa foi realizada em mulheres com idade entre 18 e 57 anos. Elas foram entrevistadas por telefone com 6, 12 e 24 meses após o diagnóstico de câncer de mama.

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Antes do diagnóstico (81%) das pacientes tinham emprego em tempo integral e 59,5% relataram que eram as principais responsáveis pela renda familiar. E (94%) gostavam de sua atividade de trabalho. E (73%) receberam apoio de seu empregador depois da identificação da doença.

Entretanto, apenas 29,1% de mulheres relataram ter sido oferecido algum ajuste no seu trabalho.”As mulheres que receberam ajustes na função por parte de seus empregadores tiveram 37 vezes mais chances de retornar ao trabalho”, diz a médica Luciana.

Aproximadamente 80% das pacientes tinham baixa renda familiar. Após seis meses do diagnóstico, a taxa de retorno ao trabalho foi de 21,5%. Após um ano, essa taxa ficou em (30,3%). E após dois anos a taxa foi de 60,4%.

Segundo a Dra. Luciana, as taxas de retorno foram menores que as registradas em pesquisas realizadas na América do Norte e na Europa. Da mesma forma, mulheres que recebiam dois ou mais salários mínimos tinham 17 vezes mais chance de retornar ao trabalho.

Além disso, as mulheres que se submeteram à cirurgia conservadora apresentaram vantagens. Por outro lado, às que foram submetidas à mastectomia (retirada cirúrgica da mama).

Diagnósticos anuais 

Mais de 66 mil mulheres são diagnosticadas com câncer anualmente segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Assim, é preciso desenvolver estratégias com foco na assistência e reabilitação para a volta ao trabalho, assim como estimular o mercado a dar oportunidades às pacientes oncológicas.

“O retorno ao trabalho faz parte do retorno à normalidade, contudo esse tema é pouco visitado e discutido. A criação de programas de inclusão no mercado de trabalho para pacientes oncológicos poderia ser uma das formas de melhorarmos o número de pacientes que retornam às suas atividades laborais após o câncer”, afirma Luciana Landeiro.

*Da Redação, com informações da ES Brasil 

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