Campanha do Ministério da Família pede que pais ou responsáveis fiquem atentos com crianças e adolescentes. Tema já foi retratado em debate por especialistas de Comunhão
O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos lançou a campanha de combate ao suicídio e automutilação chamada”Acolha a Vida”. A iniciativa é voltada especialmente para crianças, adolescentes e jovens. E chama atenção para os pais e responsáveis para acompanhar esse público que está vulnerável a comportamentos de violência.
“Entender essa explosão do suicídio, especialmente da automutilação. Nossas crianças e nossos jovens estão em profundo sofrimento. E eles estão sentido dor e queremos tirar essa estigma de que essas crianças que estão impondo sofrimento a seus corpos estão querendo aparecer por uma razão. Se a nossa campanha conseguir pelo menos isso já nos daremos por satisfeitos”, garantiu a ministra Damares Alves.
O alerta é feito através de um vídeo, publicado no canal do Ministério no Youtube, quem tem protagonista a ex-modelo Luiza Brunet, que é empresária e ativista social. Em suas redes sociais, ela reforçou o objetivo da campanha.
“Faço um chamamento a todas as famílias na prevenção ao suicídio e à automutilação. Vamos proteger nossas crianças. Atrás de uma rotina aparentemente normal, pode haver um profundo sentimento capaz de levar a pessoa a cometer violência contra seu próprio corpo”, escreveu.
Debates
No Brasil, estima-se que 5.0 a 9.9 mortes por 100 mil habitantes em 2018 tenha como causa o suicídio. Esse número representa uma parcela significativa da taxa de mortalidade geral. Os crescentes casos de suicídio no país fez intensificar os debates na sociedade brasileira.
Até mesmo dentro das igrejas o assunto tem ganhado notoriedade, já que o número de pastores que tiram a própria vida tem aumentado. Comunhão realizou um debate com especialistas sobre o tema.
Em uma ação inédita no país, a Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP) desenvolveu um “Programa de Mentoreamento do Projeto Josué” que traz um levantamento de informações sobre a saúde dos ministros do evangelho, que são os que fazem parte do grupo de risco para transtornos emocionais e suicídio.
“O pastor faz parte do grupo de risco porque lida com pessoas, tem uma demanda muito grande, e tem muita dificuldade de colocar limites, de dizer não pela necessidade que tem de agradar e pela falta de uma pessoa ou um grupo de amigos que ele possa confidencializar suas angústias e dores.”, explicou o pastor Abner Morilha, coordenador do projeto.
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