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domingo, 19 DE janeiro DE 2025

Câmara de BH aprova PL que proíbe linguagem neutra nas escolas

Foto: Karoline Barreto/CMBH

Agora, a proposta que divide opiniões será encaminhado para a sanção do prefeito Fuad Noman (PSD). Saiba mais!

Por Patricia Scott 

Nesta segunda-feira (24), os vereadores de Belo Horizonte aprovaram, em segundo turno, o Projeto de Lei 54/2021, que proíbe o uso da chamada “linguagem neutra” nas escolas da capital mineira. Agora, o projeto será encaminhado para a sanção do prefeito Fuad Noman (PSD).

Vale destacar que, na chamada linguagem neutra, a vogal temática e o artigo são substituídos, por exemplo, pela letra “x” ou “e”, evitando a distinção de gênero – “todes” em vez de todos, “alunxs” em lugar de alunos, “ile” em lugar de eles ou elas.

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“Estamos aqui para proteger uma geração. Linguagem neutra tem roupagem de inclusão, mas exclui quem tem dificuldades em decodificar símbolos como os dislexos. Existe a linguagem neutra e precisamos barrar isso das nossas escolas. Falar bom dia a todos, todas e todes é ridículo”, disse a vereadora Flávia Borja (PP),

O PL já havia sido aprovado em primeiro turno em 2022, o que gerou opiniões divididas em audiência pública e também no plenário da Câmara. O projeto é de autoria do ex-vereador Nikolas Ferreira (PL). Atualmente, ele é deputado federal.

A proposta proíbe o uso da linguagem neutra na grade curricular e no material didático de instituições de ensino públicas e privadas, da capital mineira, impondo sanções administrativas às que violarem a regra. O PL estabelece também que os alunos têm o direito ao aprendizado da língua portuguesa com base nas orientações nacionais de educação, no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa e na gramática elaborada nos termos da reforma ortográfica ratificada pela comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já considerou inconstitucionalidade outras matérias semelhantes. “Esse projeto é um ataque à diversidade em momento de violência nas escolas. Tristeza ter que debater esses projetos que têm uma visão totalitária. Os alvos de violência nas escolas são negros e comunidade LGBT. As redes de ódio se baseiam em projetos como esse, que ataca as minorias. Se a mudança for um desejo da sociedade, esse projeto não vai impedir (o uso de linguagem neutra)”, explicou Cida Falabela (Psol).

Com informações Câmara Municipal de BH

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