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terça-feira, 8 DE outubro DE 2024

Especialista alerta sobre os riscos da desidratação

Foto: Re´produção

Os cuidados devem ser redobrados, principalmente com crianças, gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas

Por Patricia Scott

O Brasil tem enfrentado ondas de calor extremo. No Rio Janeiro, por exemplo, a sensação térmica chegou a 62.3º C, neste domingo (17), atingindo novo recorde de calor.

Nos próximos dias, segundo especialistas, o calor extremo persistirá em várias localidades do país. Diante deste cenário, os cuidados com a saúde devem ser redobrados, principalmente com crianças, gestantes, idosos e pessoas com doenças crônicas.

A metabologista Elaine Dias JK, que é PHD em endocrinologia pela USP, alerta quanto à desidratação e, por isso, recomenda a ingestão diária de água entre dois e três litros. No entanto, com a temperatura elevada, a transpiração é mais intensa, gerando uma perda maior de água e eletrólitos [minerais que circulam no organismo].

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“Nessas condições, é necessário aumentar a absorção de líquidos para compensar a eliminação de água pelo suor. Altitudes elevadas, respiração rápida e superficial também pode levar à perda de água pelo organismo, podendo provocar desidratação”.

A médica esclarece que quando as temperaturas ficam elevadas o corpo utiliza de mecanismos para resfriamento, como, por exemplo, o suor. “Em excesso e sem a adequada reposição de fluidos e eletrólitos, ele pode causar desidratação e insolação”, pontua, acrescentando as consequências dessas condições: sonolência, desmaios, arritmias, confusão mental, insuficiência renal, acidente vascular cerebral e infarto.

Segundo Elaine, além das condições ambientais, a quantidade ideal para ingestão de água também varia conforme a idade, sexo, peso e nível de atividade física. “Uma conta fácil para calcular a ingestão de água é 30 a 40 ml por quilo de peso por dia. Diante do calor previsto, o ideal é redobrar a atenção e aumentar a recomendação mínima diária”, reforça.

A especialista chama a atenção para os sinais de desidratação. Dentre os principais sintomas, Elaine cita: sede, boca seca, diminuição da produção de urina, urina de cor escura, cansaço, desânimo, sensação de tontura ou vertigem, fadiga, pele seca e fria e batimentos cardíacos acelerados.

“Se a desidratação for grave ou associada a outros sintomas preocupantes, como confusão mental, dificuldade para respirar ou batimentos cardíacos irregulares, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente, pois pode ser necessário tratamento mais específico e intervenções médicas”, adverte Elaine.

Algumas medidas caseiras para os sintomas de desidratação leve à moderada, de acordo com a médica

  • Beba líquidos em pequenos goles, preferencialmente água ou soluções de reidratação oral. “É extremamente importante que seja devagar, para não causar hiponatremia [redução da concentração plasmática de sódio]”.
  • Consumir alimentos ricos em água, como frutas e vegetais.
  • Repousar e evitar atividades físicas intensas.
  • Caso a desidratação seja devido a vômitos ou diarreia, é importante tentar repor os líquidos perdidos. No entanto, se os sintomas persistirem, é essencial procurar atendimento médico.
  • Evite bebidas com cafeína ou álcool, pois podem piorar a desidratação.

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