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quinta-feira, 28 março 2024

Buscando a intimidade com Deus

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Joarês Mendes de Freitas, pastor emérito da Primeira Igreja Batista em Jardim Camburi, Vitória - Foto: Divulgação

O verdadeiro cristão sabe que o desejo de Deus em relação aos seus filhos é de um relacionamento muito próximo

Por Joarês Mendes de Freitas

No seu livro “49 dias de Encontro com o Pai”, o Pr. Eddy Leo, líder de uma influente igreja na Indonésia, descreve o que ele chama de: “As três fases da intimidade com o Pai.” O propósito é indicar um caminho simples para aqueles que desejam alcançar uma vida de maior profundidade no seu relacionamento com Deus. Creio que o tema é mais que relevante, numa época marcada pela superficialidade dos relacionamentos, tanto os horizontais quanto o vertical. Aliás, Richard Foster afirma que “A superficialidade é a maldição do nosso tempo” (Celebração da Disciplina, p.9).

O cristianismo é muito mais um relacionamento do que uma religião. O jornalista Matheus Leitão provoca a nossa reflexão ao afirmar que: “A igreja protestante brasileira se tornou em um rio largo, mas raso no entendimento do que é realmente o cristianismo.” (veja.abril.com, em 06/09/21).

O verdadeiro cristão sabe que o desejo de Deus em relação aos seus filhos é de um relacionamento muito próximo. Vemos isso em toda a Bíblia e, especialmente, no mistério da encarnação, quando o próprio Deus, na pessoa de Cristo, habitou entre os homens.

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Na percepção de Eddy Leo, a primeira fase da intimidade com Deus, aquela mais básica é uma forma de reação às circunstâncias que nos afetam. Aqui, o processo de intimidade com o Pai está relacionado ao desejo de que ele intervenha de alguma forma nas lutas que estamos enfrentando. Deus não causa problemas, mas pode usá-los para nos aproximar dele. Devemos olhar para esses problemas, obstáculos, perseguições, tentações e dificuldades da vida como meios de desenvolver uma intimidade maior com o Pai.

Em seu texto, o autor afirma que a segunda fase da intimidade com Deus podemos chamar de espontânea, quando passamos a nos comunicar ativamente com Ele. Agora a nossa busca pela comunhão não é reação a alguma aflição que estejamos enfrentando, mas uma necessidade interior, ou seja, nós desejamos isso. Nessa fase, separamos tempo para cultivar a comunhão com o Pai e praticamos de contínuo o orar no Espírito para nos manter em sintonia com Deus. Esse estágio nos levará ao próximo nível de intimidade e nos permitirá crescer no relacionamento com o Senhor.

Enfim, chegamos à terceira fase da intimidade com Deus, que Eddy Leo chama de “automática” e eu prefiro usar o termo “natural”. Aqui, o relacionamento alcança um nível mais profundo porque decorre de um hábito, um estilo que já se estabeleceu como parte da nossa vida diária, independente das circunstâncias. Desse modo, Cristo está sentado no banco do motorista da nossa vida e se ele vive em nós, a fé que estava no Filho de Deus agora se tornou a nossa fé. A comunhão que temos com o Pai é por meio do seu filho.

Muitos cristãos nunca passam do primeiro estágio em sua intimidade com o Pai. Uma pena porque o desejo de Deus é  compartilhar suas promessas, seus pensamentos e seus segredos conosco. Ele quer ser nosso melhor amigo, deseja um relacionamento de intimidade com aqueles que o temem.

Joarês Mendes de Freitas foi o pastor titular da Primeira Igreja Batista da Barra da Tijuca, RJ, e da PIB de Jardim Camburi, em Vitória, ES. Serviu como presidente da convenção Batista do ES e da Junta de Missões Nacionais da CBB. Atuou como professor no Seminário Teológico Batista do Sul no Rio de Janeiro. Hoje se dedica a um ministério de apoio e mentoria de líderes cristãos.

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