Segundo o Ministério da Saúde, nas últimas semanas a dengue tem mostrado sinais de arrefecimento na maior parte do país
O Brasil atingiu na segunda-feira, 8, a maior quantidade de mortes confirmadas por dengue no País ao longo de um ano desde o início da série histórica, em 2000. De acordo com a última atualização do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde, são 1.116 óbitos pela doença nas 13 primeiras semanas de 2024. O número supera as 1.079 vítimas registradas ao longo de todo ano passado, que detinha o recorde anterior.
Na prática, contudo, esse número tende a ser ainda maior. Segundo a pasta, 1.807 mortes ainda estão em investigação.
Em relação ao número de casos, 2024 já havia superado os anos anteriores ao final da 11ª semana. No momento, mais de 2,9 milhões de casos prováveis da doença foram registrados pelo Ministério da Saúde – o recorde anterior era de 1,6 milhão, em 2015.
São Paulo é o Estado com a maior quantidade de óbitos por dengue registrados neste ano, com 220 mortes; seguido de Distrito Federal, 205; Minas Gerais, 175; Paraná, 107; e Goiás e Rio de Janeiro, com 93.
O número de mortes em São Paulo, porém, é maior. Segundo os dados do governo paulista, já são 221 mortes pela doença, conforme mostrou o Estadão. Ou seja, uma a mais em comparação aos dados do Ministério da Saúde, que deverá acrescentar este e outros óbitos na próxima atualização do Painel de Monitoramento das Arboviroses.
Vale destacar que a SES registrou mais de 1 milhão de casos de arboviroses (dengue, chikungunya e zika) no Estado em 2024, dos quais quase metade (478 mil) são de dengue. E, entre os casos de dengue, 571 são referentes a um quadro considerado grave – quando há vazamento de plasma ou acúmulo de líquidos, levando a situações de choque ou dificuldade respiratória.
Segundo o Ministério da Saúde, nas últimas semanas a dengue tem mostrado sinais de arrefecimento na maior parte do País.
O comunicado emitido pela pasta no início de abril informa que 20 unidades federativas apresentam tendência de estabilidade ou queda no número de casos da doença.
De qualquer maneira, o cenário segue sendo de alerta, segundo a pasta. Ou seja, não é hora de baixar a guarda no combate e na proteção contra o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da doença. Com informações de Agência Estado