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quinta-feira, 28 março 2024

Biden exclui ‘Deus’ no Dia Nacional de Oração nos EUA

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Joe Biden, presidente dos Estados Unidos - Foto: Reprodução

Joe Biden foi o primeiro presidente dos EUA a omitir “Deus” em sua proclamação, numa data tão importante no calendário do país

Nesta quinta-feira, 6, os EUA celebraram o Dia Nacional de Oração, data importante no calendário americano. Como de praxe o presidente do país faz um discurso, só que desta vez, houve críticas. Pela primeira vez, desde a criação da data em 1952, um presidente exclui a palavra “Deus” durante a proclamação presidencial.

Ele convidou “os cidadãos de nossa Nação a agradecer, de acordo com sua própria fé e consciência, por nossas muitas liberdades e bênçãos”. A lei, que refere-se à data, diz que todo presidente dos EUA deve emitir anualmente uma proclamação para o Dia Nacional de Oração, encorajando os americanos a orar.

“Neste Dia Nacional de Oração, nós nos unimos com propósito e determinação, e nos comprometemos novamente com as liberdades fundamentais que ajudaram a definir e guiar nossa Nação desde seus primeiros dias”, diz a proclamação.

“Celebramos nossa incrível sorte de que, como americanos, podemos exercer nossas convicções livremente – não importa nossa fé ou crenças. Vamos encontrar em nossas orações, como quer que sejam feitas, a determinação de superar as adversidades, superar nossas diferenças e nos unir como uma nação para enfrentar este momento da história”.

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Movimentos morais

Biden também deu crédito à oração pelo poder de “movimentos morais”, incluindo “direitos essenciais contra a injustiça racial, trabalho infantil e violação dos direitos de americanos deficientes”.

Além disso, o presidente atribuiu a criação de “uma nação de notável vitalidade religiosa e diversidade através das gerações” ao “direito de todos os americanos de orar” garantido pela Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos.

A proclamação de Biden gerou críticas. David Brody, o principal analista político da CBN News, fez uma crítica à proclamação presidencial. “Como você lança uma proclamação sobre oração e não menciona Deus?… Na verdade, isso é patético … e não é surpreendente”, disse no Twitter.

Ex-presidentes mencionaram “Deus”

A proclamação do presidente Donald Trump em 2018 mencionou “Deus” várias vezes: “Neste Dia Nacional de Oração, vamos nos reunir, todos de acordo com sua fé, para agradecer a Deus por Suas muitas bênçãos e pedir Sua contínua orientação e força.”

A proclamação do presidente Barack Obama em 2015 fez referência a Deus três vezes, incluindo a seguinte frase: “Por meio da oração encontramos a força para fazer a obra de Deus”. A proclamação de Obama em 2010 dizia: “Neste dia, vamos dar graças pelas muitas bênçãos que Deus concedeu à nossa nação”.

A proclamação do presidente George W. Bush em 2003 dizia: “Nos reunimos para agradecer a Deus pelas muitas bênçãos de nossa nação, para reconhecer nossa necessidade de Sua sabedoria e graça e para pedir-Lhe que continue a zelar por nosso país nos dias que virão”.

A proclamação do presidente Bill Clinton de 1995 dizia: “Não esqueçamos essas dolorosas lições do nosso passado, mas continuemos a buscar a orientação de Deus em todas as questões da nossa nação”.

A proclamação do presidente George H.W. Bush de 1991 dizia: “Como uma nação sob o domínio de Deus, nós, americanos, estamos profundamente cientes de nossa dependência do Todo-Poderoso e de nossas obrigações como povo que Ele abençoou ricamente.”

A proclamação do presidente Ronald Reagan em 1987 encorajou os americanos a “voltar nossos rostos e nossos corações a Deus não apenas em momentos de perigo pessoal e conflito civil, mas em plena flor da liberdade, paz e abundância que Ele derramou sobre nós”.

Outros presidentes

Em contraste, a proclamação mais recente do ex-presidente Donald Trump reconhecendo o Dia Nacional de Oração em 2020 incluía a palavra “Deus” 11 vezes. A proclamação feita pelo ex-presidente Barack Obama, emitida em 2016, incluiu a palavra “Deus” duas vezes.

A de Biden também não incluiu nenhuma passagem da Bíblia. Em 2020, Trump incluiu uma referência a 1 João 5:14, que declara que quando “pedimos qualquer coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve”.

Já a de Biden incluiu uma citação de John Lewis, o falecido congressista e ativista dos direitos civis, que descreveu os seres humanos como “o elo mais dinâmico com o divino neste planeta”. Todas as proclamações desde 1953 — o primeiro ano desde a lei aprovada pelo Congresso dos EUA — incluíram “Deus” até 2021.

A data

O projeto de lei foi assinado em 1952 pelo presidente Harry Truman, depois que uma declaração do evangelista Billy Graham foi parar na Câmara e no Senado dos EUA. Na época, durante a Guerra da Coréia, Graham expressou o desejo de ter um dia de oração no país, em discurso nas escadas do Capitólio americano.

“Que coisa emocionante e gloriosa seria ver os líderes de nosso país hoje ajoelhados diante do Deus Todo-Poderoso em oração. Que emoção varreria este país. Que esperança e coragem renovadas dominariam os americanos nesta hora de perigo”, disse Billy Graham.

Então o evangelista lançou um desafio para um Dia Nacional de Oração, que foi apresentado à Câmara e Senado americanos e aprovado como lei desde então.

*Com informações de The Christian Post 

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