O livro sagrado é o item mais antigo do acervo do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo
Por Patricia Scott
Uma Bíblia com mais de 250 anos, traduzida do grego para o antigo alemão, foi salva das águas da enchente que atingiu o Rio Grande do Sul, em maio. O livro sagrado é o item mais antigo do acervo do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, localizado na região metropolitana de Porto Alegre.
O historiador Rodrigo Trespach revelou que a água chegou a mais de 1,5 metros dentro do museu e permaneceu por cerca de uma semana antes de estabilizar. Entretanto, graças à ação rápida de uma funcionária, a Bíblia não foi submersa.
“Choveu bastante, mas não imaginávamos a gravidade da situação. Quando estávamos encerrando, nossa funcionária lembrou da Bíblia. Ela voltou, a pegou e a levou para um lugar seguro”, revelou Ingrid Marxen, de 76 anos, diretora de relações institucionais do museu.
Ingrid, que é aposentada e voluntária do museu, destacou a importância de preservar objetos históricos como a Bíblia. Isto porque as Sagradas Escrituras representam a resiliência e a esperança dos imigrantes alemães.
“Em 1765, quando a Bíblia chegou, já era antiga. Não sabemos quem a trouxe, mas certamente, em 1824, ela já não era nova”, comentou Ingrid, que continuou: “Eles tinham que levar muitas coisas com eles, porque iam embora sem intenção de retornar, e ainda assim trouxeram uma Bíblia tão imponente. Não era uma Bíblia qualquer.”
Cabe destacar que, segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, a enchente impactou 478 municípios. A tragédia natural deixou 806 pessoas férias, causando a morte de 182. Além disso, 29 pessoas permanecem desaparecidas. Com informações G1