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sexta-feira, 29 março 2024

Bianca Toledo afirma em novo vídeo que filho revelou abuso

A missionária e pastora Bianca Toledo voltou a falar, nesta quinta-feira (28), sobre o caso de abuso sexual sofrido pelo filho de apenas cinco anos e o fim do casamento com o pastor Felipe Heiderich, de 35 anos, acusado pelo crime, que ele nega.

Na gravação de quase 40 minutos, postada às 21h13, a religiosa faz um desabafo para que “todo embaraço (sobre o caso) seja dissipado”. Orientada por um advogado, ela escreveu uma carta ao público na qual descreveu com detalhes a ordem cronológica dos acontecimentos desde o momento em que o marido dela teria mentido sobre um suposto câncer na hipófise, passando pelas denúncias de abuso do filho, até a prisão de Felipe.

“Nunca tive nada a esconder. Nem nunca vou ter. Mas se trata de um caso muito delicado”, começa Bianca, que afirma ter levado um “baque” e ficado “abalada psicologicamente” quando soube que o filho tinha sido abusado.

Sobre quando o filho lhe revelou o suposto abuso, a pastora conta: “Em um dos dias em que eu pedi a Deus direção em respeito de tudo que já sabia (sobre o marido ser supostamente homossexual), meu filho disse: ‘Mamãe, o papai é engraçado, ele fala delícia, delícia’. E eu já estava com a cabeça tão voltada para esse assunto que me alertei e disse: ‘Por que você tá falando isso?’, ‘Quando ele diz isso?’ E ele me disse: ‘Mamãe, se eu te contar ele vai te dizer que é mentira’. Eu não desejo a nenhuma mãe no mundo ouvir o que eu ouvi nesse dia, depois de indagar o meu filho por duas horas seguidas, tentando ter uma conversa leve, sem que ele percebesse que eu estava perdendo o chão a cada indagação que ele fazia”.
A pastora diz ainda que, posteriormente, levou o filho à uma psicológa e que, durante o encontro, ele teria detalhado os abusos sofridos. A religiosa afirmou ainda que não poderia dar mais detalhes sobre o caso, pois este corre em segredo de justiça.

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Segundo a pastora, o marido foi o homem que ela mais amou na vida e negou que tivesse tido com ele um casamento de fachada, como foi dito por internautas. “Em nosso segundo almoço, ele me disse: ‘Tenho certeza de poucas coisas, mas do que tenho certeza não tenho dúvida. Vou me casar com você. E quero que você saiba que sou muito possessivo. E, se eu casar com você, seu filho será meu. E eu não permito que não me chame de pai’. Eu sempre citei isso nos testemunhos, de como era linda maneira que ele me conquistou. Mas hoje eu choro e vejo de outra forma. Naquele momento, era tudo o que queria ouvir”, diz.

Bianca diz que, após o caso, o filho está se reaproximando do pai biológico, com quem não tinha muito contato. “Eu nunca abri mão de ter meu filho ao meu lado”, diz a pastora que admite sempre ter deixado o filho aos cuidados da própria mãe e de empregados quando viajava e não podia levar o pequeno o consigo.

Prisão
Felipe Heiderich, que ficou preso por cinco dias, foi solto sem tornezeleira eletrônica. A Justiça do Rio concedeu a liberdade ao pastor, mas a determinação não pôde ser cumprida porque o Estado estava sem tornozeleiras eletrônicas. Mesmo assim, ele deixou a prisão sem o equipamento.

Indiciado por abuso
Investigadores também analisaram o celular e o computador de Felipe, mas não encontraram novas provas. O próprio acusado forneceu as senhas dos equipamentos. A delegada diz, portanto, que não é possível afirmar que há outras vítimas envolvidas:

— Se, por algum acaso, isso aconteceu, a vítima precisa comparecer à delegacia — diz Cristina, ressaltando que não houve conivência por parte de Bianca em relação ao crime: — Para nós, da polícia, isso está fora de cogitação. Ela não foi negligente.

O caso agora segue para a Justiça.

 “Estou em choque”, disse Felipe

O pastor Felipe Heiderich divulgou um vídeo no qual falou sobre a acusação de abuso contra o enteado de 5 anos.

“Eu precisava me recuperar um pouco. Eu sempre achei que todo mundo era inocente até que se provasse o contrário. Mas, o que eu vivi nesses últimos dias, semanas, é que todos são culpados até que se prove o contrário. Assim como vocês, eu fiquei em choque com tudo o que foi dito a meu respeito e todas as acusações. Até dia 12, eu estava em família, feliz, ministrando na igreja, com uma criança que eu amei, que eu mais amei nessa vida, que eu ajudei a criar com a minha esposa. No dia 14, eu sou comunicado por ela de que ela tinha descoberto que eu era homossexual e pedófilo. Ela pegou, saiu de casa com meu filho e ali começaram os piores dias da minha vida”, diz.
O inquérito policial sobre a acusação de abuso sexual concluiu que há indícios que provam o crime. Segundo a delegada Cristiana Bento, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, que investiga o caso, serviram como base para as investigações os relatos de três babás que trabalharam com a família, os laudos psicológicos e psiquiátricos da criança e o depoimento da mãe da vítima.

— Efetivamente, ninguém viu o estupro. A prova que temos são relatos testemunhais. Trabalhamos apenas com indícios, e não com provas cabais — esclarece Cristiana, frisando que as informações do inquérito são sigilosas.

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